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Palavra do Padre



Natal, festa da família


Queridos, paroquianos e devotos de Santa Teresinha!


Eis que vos anuncio uma boa nova que o será para todo o povo: hoje na cidade de Davi nasceu para  vós um salvador que é Cristo o Senhor. (cf. Lucas 2,1-14)


Tomo como minhas as palavras do bem-aventurado Paulo VI em homilia dirigida ao Corpo Diplomático acreditado no Vaticano, aos 25/12/1964:


“O anúncio do Natal é o nosso segredo. Dele a Igreja vive, recebe a sua milenar tradição e encontra a salvação, de sua missão na história, dele provém sua preocupação de estar presente e ativa no mundo. Vós conheceis o rosto com o qual a Igreja se apresenta; nesta noite [de natal] é-nos revelado o seu coração. Aqui está o seu coração. Sabemos e cremos neste fato sem precedentes, excepcional e decisivo, se cumpriu no curso imenso e confuso da história da humanidade: Deus –dissemos: Deus, o Verbo de Deus–, se fez homem. O amor infinito inseriu-se na trama da vida humana. Os céus se abriram, a transcendência divina está quase totalmente às claras, uma vontade de salvação desceu sobre a terra, uma bondade infinita se aproximou de nós, o Verbo profundo e inefável de Deus expressou-se com palavra humana, fez-se Evangelho, mensagem de alegria, esperança e paz. Não terminaríamos nunca de falar deste acontecimento fundamental, só de mencioná-lo ficamos estupefatos. É assim, e nosso espírito transborda de alegria e de fortaleza.”


Que Jesus nascido em Belém nasça no seu coração também. E que Ele reine na sua vida e governe todos os seus dias. Feliz Natal e Ano Novo.


Pax!!!


Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco

03/09/2015

Mensagem aos catequistas





Catequisar é ecoar a Palavra do Senhor.

Catequisar é testemunhar o Amor de Deus.

Catequisar é viver a fé ao ponto de fazê-la transbordar.

Catequisar é assumir um compromisso/aliança com a comunidade, onde Deus nos reúne e ama.

Catequisar é deixar-se modelar pela comunidade e ajudar a modelar a comunidade com a vida convertida.

Catequisar é permitir a Deus usar a pessoa com seus dons para o bem d’Ele e de todas as outras pessoas.




Sou agradecido pela vida, pela fé e pelo trabalho de catequese exercido por cada um de vocês. Deus é sempre mais, transborda abundantemente. Ele saberá dar a cada um o fruto do seu trabalho. Ainda que eu não consiga externar todo bom sentimento que me habita, agradeço-os por tanto bem feito em nossa paróquia Santuário diocesano. Que todos se deixem alcançar pela suave brisa do Espírito Santo...




Deus abençoe você, catequista, pelo dia especial.




Obrigado.

Parabéns!

Pax!!!




Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco

 
31/07/2015

 



QUESTÃO DE CONFIANÇA


Queridos, amigos devotos e paroquianos de Santa Teresinha!


Obrigado por sua visita ao nosso site, simples, nem sempre eficiente (reconheço), mas a disposição para comunicar alguns momentos da paróquia, bem como para ser um canal de fomento da devoção à nossa querida padroeira e de divulgação da Palavra do Senhor, nosso Deus!

Uma pesquisa CNT/MDA (julho/2015) revela (para surpresa de quase ninguém0 que o grau de confiança dos brasileiros nas instituições está abalado. Em primeiro lugar, aparece a igreja com confortáveis 53,5%; em segundo lugar, as Forças Armadas, com 15,5%. O levantamento diz ainda que 43% dos brasileiros "confiam sempre" e 27,5% "na maioria das vezes" na Igreja, totalizando um índice de confiança na casa dos 70% [os iluminados da hora devem, engulhados, considerar o povo bem estúpido!].

Gostaria de apenas celebrar a confiança na instituição da qual sou parte, mas como não sentir certa amargura ao verificar que nossas instituições pareçam distantes dos reais anseios do povo ao qual deveriam representar e servir? O que deve ser mudado para que tenhamos confiança nos partidos políticos, no judiciário... na imprensa? Nutro anseios de que o quadro modifique, e que seja restaurada a confiança do povo, pois a democracia precisa das instituições como o seu respiro e arejamento.

E que nós cristãos sejamos no mundo sal e luz, para temperá-lo e iluminá-lo.

Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!

 

Padre Sandro Rogério dos Santos
07/05/2015

Reverberação pascal





Os dias da semana santa foram muito especiais para todos quantos os vivenciaram. Colocar-se a escuta da Palavra e no compasso do caminho de Jesus exercitou-nos na fé, na esperança e na caridade. E, destas virtudes teologais, avançamos também em outras virtudes.


A diversidade litúrgica nas suas muitas celebrações, cantos, procissões, símbolos ajudou-nos a perceber a riqueza dos bens "imateriais" da Santa Igreja, nossa Mãe Católica. Quanta emoção incontida vivemos nestes dias. Quantas cenas ficaram gravadas (ainda que pelos ouvidos) em nosso coração e nos deram a chance de progredir no discipulado do Divino Mestre.


Somos privilegiados. Os nossos primeiros irmãos cristãos viveram o calor de tudo isso que, por meio do seu testemunho, nos legaram um patrimônio incomensurável. O mistério da redenção humana, merecedor de tão alto e nobre salvador, enche de sentido a nossa vida e a história da humanidade.


Estejamos atentos, pois os mistério pascal ecoará a cada novo encontro eucarístico e celebrativo. Que a luz pascal ilumine as pessoas, as cidades e os povos. Que a presença do ressuscitado seja sentida por cada um e por todos os que "presenciaram" a sua ressurreição.


Estejamos juntos, em comunidade. É nesta que de maneira privilegiada o Senhor Jesus se manifesta e nos confirma na fé.


*** Agradeço aos paroquianos de Santa Teresinha cujo trabalho pastoral e litúrgico foi fundamental para vivenciarmos bem estes dias. Com a possibilidade de uma equivocada leitura de minha parte, considero que tudo foi muito bom! Liturgias com preces e sem pressa. O zelo e a simplicidade de tudo quanto foi pensado e executado. Claro que para Deus o nosso melhor sempre será pouco, mas é com esse pouco que podemos transformar a vida e o mundo. Continuemos a oferecer-Lhe o pouco de nossos dons e talentos.


*** Agradeço a todos os que vieram celebrar na Casa de Teresinha, de Deus e Nossa. Os moradores do jardim Maracanã estão cada vez mais acostumados à "invasão" dos visitantes ou dos morados distantes que daqui fizeram o seu lugar privilegiado de celebração (escuta da Palavra e compromisso eucarístico). Sou feliz por participar de tantos momentos oportunos da Graça de Deus e que tanto bem fazem à Santa Igreja, a cidade de Presidente Prudente e a nossa querida diocese.


QUE A LUZ DO RESSUSCITADO ILUMINE QUOTIDIANAMENTE OS NOSSOS PASSOS RUMO AO REINO DOS CÉUS. Aleluia, aleluia!!!


Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco

18/02/2015

Quaresma


 


«Eis o tempo de conversão. Eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos...»


 


Estamos dando o primeiro passo no itinerário quaresmal 2015. A liturgia da Igreja nos propõe seguir Jesus no deserto onde, assistido pelo Espírito Santo enfrenta as tentações e coloca-se em estrita relação e obediência ao Pai.


No Brasil, iniciamos a Campanha da Fraternidade. O convite é para que meditemos, reflitamos e rezemos a relação entre Igreja e sociedade. Ela quer também despertar-nos para à luz do evangelho dialogar e colaborar com a sociedade. Há várias formas de se engajar nesse movimento.


Ações que nos ajudarão nestes dias: jejum, oração, esmola (caridade). Esvaziar-se de si, encher-se de Deus e transbordar no serviço e atenção aos irmãos. A quaresma é apelo vivo à conversão entendida como mudança de mentalidade e de vida. Que ninguém caminhe apenas nas águas rasas das conveniências religiosas, mas avance para as águas profundas do amor de Deus que se traduz no amor aos outros.


O nosso Santuário diocesano Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face está unido aos apelos do Santo Padre e da Igreja em geral. A secretaria paroquial está aberta das 8h às 19h. O templo, aberto das 7h às 19h. Procuramos ficar atentos aos apelos do momento para assim respondê-los prontamente.


Mas, não se pode esquecer: a Igreja somos nós. A missão nos compete. A cada batizado. Vamos juntos, então! Eu conto com você e Cristo conta com você...


Um abraço de paz!

Padre Sandro Rogério dos Santos - pároco

24/10/2014

 


Santa Teresinha, padroeira nossa e das missões


 


Queridos paroquianos e devotos de Santa Teresinha,

o mês de outubro é especial para nós, pois o iniciamos celebrando a nossa querida padroeira que além de Doutora da Igreja é a Padroeira Principal das Missões. Estar sempre prontos a partir e a testemunhar o evangelho é o desafio de todo batizado.

Não podemos sufocar o sopro do Espírito nem recuar na missão por Ele a nós confiada. Também não podemos prescindir da Santa Igreja, pois nela fomos gerados filhos e como tais devemos nos comportar de modo obediente.

O santuário diocesano é uma CASA; nela reúnem-se os filhos de Deus, tanto moradores no jardim Maracanã, quanto os da cidade e da diocese de Presidente Prudente, e de todos os lugares. Alimentados pela palavra e pelo sacramentos, somos fortalecidos para a tarefa de viver anunciando e anunciar vivendo a missão.

A mensagem do Santo Padre Francisco para o dia mundial das missões – a ser celebrado no dia 19 de outubro – tem como tema a libertação (“Enviou-me para anunciar a libertação” - Lc 4,18). Nela, o Santo Padre afirma que, ainda hoje, há muitas pessoas que não conhecem Jesus Cristo, por isso, a missão ad gentes faz-se tão urgente.

A nossa comunidade precisa ainda avançar bastante no quesito missionário. Confiamos na Divina Providência e nos leigos e leigas atuantes para discernirmos aquilo que devemos fazer nesta hora da história e neste lugar do mundo. O Senhor não nos deixa órfãos e Teresinha não nos deixará sem a sua intercessão.

Avancemos com toda a Igreja para as águas profundas da vida e da fé. Deixemo-nos seduzir pelo Senhor e conduzir por sua bondade. Desejo uma chuva de bênçãos na sua vida pessoal e profissional. Que a Graça fecunde profusamente a vida da sua família.

Pax!!!



Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco

31/07/2014

 


Obras paroquiais


Para a maior glória de Deus, nesta quinta-feira, dia de Santo Inácio de Loyola, rezamos o 8º dia da Novena Mensal da Padroeira Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face cujo encerramento com missa será 1º/8, 19h30.

Era grande a expectativa. E nesta semana, graças a Deus, foi contratada a obra de reforma, remodelação e finalização do Centro Catequético Santa Edith Stein.

As movimentações começaram. Serão no máximo, previsto, três meses de obras. Pretendemos tornar ainda mais agradável e funcional os espaços deste santuário diocesano.

Além da ajuda material da comunidade (dos frequentadores / moradores e dos devotos de Sta Teresinha), são necessárias orações de todos para o êxito de nosso empreendimento.

Que o Divino Espírito Santo conduza os nossos projetos a fim de que sejam suas inspirações e não apenas obra de nossa fraqueza e ânsias de poder e soberbas. Amém!



Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco

09/07/2014





Copa das Copas: Brasil 1x7 Alemanha



* * * * *



Queridos, paroquianos e devotos de Santa Teresinha, permitam-me falar breves palavras sobre a Copa 2014, especialmente quando a seleção canarinho foi interrompida na busca do hexa campeonato.


Belo Horizonte (MG), terça-feira, 8 de julho de 2014, às 17h um jogo para ser esquecido mas que será lembrando para sempre. Alemanha e Brasil.

A seleção brasileira “apagou” e perdeu de inacreditáveis 7 gols a 1. A quarta-feira, 9 de julho, será uma espécie de “quarta-feira de cinzas”. Cinzas dos sonhos alimentados na insalubre mistura com as ilusões.

A vergonha, agora, é diametralmente oposta ao status dado aos “heróis” da nação. Como perderam, se tornaram “vilões”.

Não precisamos nos envergonhar de ser brasileiros pela feia derrota da seleção brasileira. Talvez fosse isso que a expressão “Copa das Copas” queria significar.

Poderemos ainda experimentar mais dissabor, com uma derrota para a Holanda na disputa pelo 3º lugar, no sábado, 12 de julho em Brasília (Distrito Federal).

É do esporte ganhar ou perder. É da paixão torcer e sofrer. Não terá “maracanaço”, mas teve um “mineiraço”. Houve uma espécie de redenção dos artistas de 1950.

“Um filho teu não foge à luta”, cantamos com força, a plenos pulmões. Agora é preciso mostrar a cara, os sonhos e aquilo que nos forma como povo.

O que faremos com as bandeiras e os fogos comprados? Quem consolará os “nossos meninos” – virados heróis e vilões?

Quem sabe despertemos do tolo ufanismo e tenhamos mais compromisso com as coisas que são de fato importantes. A vida segue... sempre segue.

Viva o Brasil!!!






Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco




Presidente Prudente (SP), 9 de julho de 2014

 

23/05/2014




As pessoas que amamos




Já conhecia a história e a divina providência me mostrou-a outra vez nessa semana. E como não pensar na vida e nos relacionamentos familiares, matrimoniais diante de uma singela e profunda cena. Convido você a colocar-se diante de todos os seus relacionamentos e a perguntar-se a quantas andam as suas motivações para eles. Corremos o risco de deixar a poeira do caminho se apegar tão fortemente fazendo-o perder o brilho. Mas, vamos à história.



Conta-se que um senhor de idade chegou a um consultório médico, pra fazer um curativo em sua mão, na qual havia um profundo corte.

E muito apressado pediu urgência no atendimento, pois tinha um compromisso.

O médico que o atendia, curioso perguntou o que tinha de tão urgente pra fazer.

O simpático velhinho lhe disse que todas as manhãs ia visitar sua esposa que estava em um abrigo para idosos, com mal de Alzheimer muito avançado.

O médico muito preocupado com o atraso do atendimento disse:

- Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora?

No que o senhor respondeu:

- Não, ela já não sabe quem eu sou. Há quase cinco anos que não me reconhece mais.

O médico então questionou:

- Mas então para quê tanta pressa, e necessidade em estar com ela todas as manhãs, se ela já não o reconhece mais?

O velhinho então deu um sorriso e batendo de leve no ombro do médico e respondeu:

- Ela não sabe quem eu sou… Mas eu sei muito bem quem ela é!

O médico teve que segurar suas lágrimas enquanto pensava…

O verdadeiro AMOR, não se resume ao físico, nem ao romântico…

O verdadeiro AMOR é aceitação de tudo que o outro é…

De tudo que foi um dia… Do que será amanhã… e do que já não é mais!


 


Que o seu dia seja repleto da presença de Deus e que Ele abençoe você e todos os seus amados e queridos, os de perto e os de longe. Pax!!!



Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco
- meu e-mail padre@santuariosantateresinha.com





12/04/2014

 


_Semana Santa, nos passos de Jesus_



A SEMANA SANTA é semana do encontro com o Cristo-Ressuscitado: nas celebrações litúrgicas, na sua palavra e na pessoa dos irmãos da comunidade. Cada dia da semana é um fato a ser recordado. Celebramos o mistério pascal na sua globalidade. Com Jesus subiremos a Jerusalém na expectativa de também com Ele subirmos ao céu. A vida não sucumbe à sexta da paixão, pois renasce no domingo – primeiro dia da nova criação. Com Cristo nascemos, com Cristo vivemos, com Cristo morremos, com Cristo ressuscitaremos! Celebremos juntos, como Igreja em família!

A QUINTA-FEIRA SANTA é um dia de alegria, amor e gratidão. Recorda-se o exemplo de Jesus que quis lavar os pés dos discípulos, dando-nos o testemunho de serviço e humildade. Recorda-se principalmente a celebração da Ceia do Senhor, na qual Ele se dá como pão da vida e vinho da salvação. Foi nessa ceia de despedida que Ele nos deixou o sacerdócio ministerial, para a perpetuação de seu Corpo e Sangue no meio de nós como presença de compromisso, partilha e missão.

A SEXTA-FEIRA SANTA é um convite ao respeito e à simplicidade, recordando a morte do Senhor. Só entende a vida quem compreende o mistério da dor e do sofrimento. Comemorar a morte do Senhor é comprometer-se com o Cristo verdade e vida, que nos dá o sentido do transcender e do eterno. O mistério da redenção ganha sentido maior na ressurreição, ou seja, na passagem do mundo da tristeza para a alegria, da escravidão para a liberdade, das trevas para a luz, do egoísmo do pecado para vida de amor.

O SÁBADO SANTO encerra o tríduo pascal. A Vigília Pascal é o cume do ano litúrgico. Sua celebração se realiza de noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do domingo. Os elementos principais desta solenidade são: palavra, iniciação (batismo), eucaristia, bênção do fogo novo e procissão da luz. Estes três dias – quinta, sexta e sábado – constituem como que uma única celebração. Conforme o Diretório Litúrgico da Igreja no Brasil, “o Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor começa com a Missa vespertina da Ceia do Senhor, possui o seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.” Lemos ainda que, “é o ápice do ano litúrgico porque celebra a Morte e a Ressurreição do Senhor, ‘quando Cristo realizou a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus pelo seu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando renovou a vida’.”

O DOMINGO DE PÁSCOA é pleno de alegria e esperança. As leituras são sempre as mesmas em todos os ciclos anuais. A sequência pascal marca a emoção e a esperança da comunidade. Jesus Cristo é o vencedor da Morte. Ele rompeu as barreiras do tempo e do espaço. Ele é um convite à nossa ressurreição. Nesse dia, inaugura-se o Tempo Pascal.

Conforme o citado diretório, “os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, ‘como um grande Domingo’ (Santo Atanásio).” O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias. No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa a solenidade da Ascensão do Senhor. A semana entre a Ascensão e Pentecostes, caracteriza-se pela preparação da vinda do Espírito Santo. Em sintonia com as outras Igrejas cristãs, no Brasil, realizamos nesta semana a “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”.


Confira a programação aqui neste site e venha celebrar conosco. participe! Mais que feriadão, a Semana Santa nos permite celebrar o núcleo da nossa fé cristã.



Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco

 

05/04/2014





Então, é o meu natal!


 


«A celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe. Fósforo que foi riscado. Nunca mais acenderá. Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festa de aniversário. Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte.» (Rubem Alves)


*


Sem a tragédia do constatado, também compartilho dessa ideia, aniversário marca tempo passado, tempo inaugurado, dá-nos a oportunidade de revisão, reorientação, transformação da vida e dos dias. Deixo-me conduzir pela sabedoria bíblica que diz “tudo tem seu tempo”: de nascer e de morrer, de ficar triste e de ficar alegre! Alguns fogem dos dias festivos da própria natividade pela sensação de superficialidade dos cumprimentos, pois de algum modo todos sentem-se obrigados a festejar o aniversariado. Claro que há tanto ou mais superficialidade no dia-a-dia, nas relações feitas de ocasião e interesses. Mesmo para estes, o dia pode ser de trégua para as tristezas e derrotas. Dia do aniversário é dia de festejar (cada qual a seu modo, óbvio).


*


Assim, eu já não tenho 38 anos. Nesses anos que já não os tenho mais, muitas coisas aconteceram. A vida fluiu conforme Deus agiu, eu permiti ou atrapalhei, as pessoas se achegaram ou partiram. Em tempos de celebração natalícia, rendo graças a Deus por tanta bondade e misericórdia. «Tenho cruzes, mas vivo feliz». Sei que a felicidade não é ausência de tropeços, tristezas ou contrariedades. Ela é simplesmente estar presente ao momento atual e acolhê-lo como presente. E porque me sinto presenteado pela vida, agradeço profundamente ao Senhor da Vida, aos amigos da vida e a todos aqueles que partilham do meu existir. Deus, me abençoando, também abençoa aqueles a quem eu amo e quero bem (mesmo que não me amem nem me queiram!).


*


Sou fruto do amor correspondido de seres incompletos... sempre em busca do infinito que dá sentido ao finito. Meus pais foram tudo de bom. Eu não fui o melhor filho nem o sou. O melhor que me deram foi a graça de vir à luz da vida. Protegeram-me e ensinaram-me muitas coisas. Indicaram-me caminhos. Acompanharam-me pela jornada da infância e adolescência e juventude. Quanto mais crescia, mais me distanciei deles, mas nunca morreram dentro de mim. Sou um punhado de livros devorados, palestras assimiladas, meditações e outras tantas pessoas que vieram, passaram ou ficaram. Mas sou muito do pai e da mãe. Sou até mesmo um pouco do irmão e da irmã. Eles me teceram com fios de esperança e vontade de vitória. Deram-me audácia suficiente para enfrentar quem quer que seja. Eles são a minha vida. Desejo ser a vida deles também.


*


Neste dia 4 de abril, louvo a Deus pelo meu aniversário natalício e agradeço a todos os que se manifestam para me cumprimentar. Deus lhes pague! Pela vida, sempre! Pax!!!





Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco


 

16/03/2014



Transfigurados ou desfigurados?




Queridos paroquianos e devotos de Santa Teresinha. O amor de Deus infunde em nós a vida nova de que precisamos para avançar para as águas profundas da existência e da fé. No tempo quaresmal, somos chamados e desafiados a viver a sobriedade e na perspectiva da conversão, abrir o coração a Deus e aos irmãos. Felizes todos quantos se deixam tocar pela Graça e dela se tornam instrumento na vida de tantas outras pessoas. Segue abaixo uma reflexão cuja inspiração é do segundo domingo quaresmal e a cena da transfiguração do Senhor Jesus.


O resplendor do Senhor



Estou a refletir sobre a liturgia deste domingo, 2º da quaresma. Subir ao monte e contemplar a glória todos queremos e gostamos da experiência.

Um retiro, acampamento, experiência de oração... é tão bom que gostaríamos não terminasse nunca. Assim os apóstolos amedrontados pelo anúncio da paixão, feito por Jesus, desejam ficar ali no monte, pois contemplam antecipadamente a Glória (o final do caminho).

Guardemos no coração que não há ressurreição sem morte. Não há glória sem sofrimento. Não há tabor sem calvário. É preciso vender o medo e descer da montanha, voltar pra casa, encher-se de vida e na vida encher-se de fé. E caminhar...

A beleza da flor que você contempla empenhou a vida da semente: uma morre para que a outra vida. A vida é feita de perda-ganho. Há alegrias e tristezas; saúde e doença; nascimento e morte.

Muitas alegrias são precedidas por sofrimento, tempo de gestação. Um atleta corre 20 segundos na competição e para isso treinou várias horas por dia durante alguns meses do ano.

Nem sempre nos damos conta, isto é, não temos viva consciência do papel do sofrimento no caminho natural da vida. Bom saber que os esforços não são em vão quando sabemos o motivo pelo qual neles nos empenhamos.

Lembrei-me de uma citação cuja autoria me escapa: "o prazer engravida, mas cabe ao sofrimento dar à luz". Também nem sempre nos damos conta de que parar no meio do caminho quando surgem oásis nos impede de completar o caminho, de chegar ao final, de alcançar o êxito.

Quem não pedala, cai da bicicleta. Vamos subir à montanha? Vamos descer da montanha? Subimos com o Senhor. Contemplamos a sua glória. Descemos resplandecidos pela sua glória e cheios de confiança para viver mais um dia, uma semana, um mês, um ano, uma década... o quanto Deus nos permitir.



┼ Obrigado Senhor pela vida e pela fé. Obrigado pela sua presença no meio de nós. Obrigado pela luz que ilumina o caminho de nossas vidas e pela certeza de que com o Senhor desde agora somos mais que vitoriosos, pois o Senhor é a nossa força e proteção. Amém!




Se quiser enviar uma correspondência eletrônica, use o e-mail:


padre@santuariosantateresinha.com


Fique bem!

Pax!!!



Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco


22/01/2014

 


 


Então, é 2014.




Iniciamos o novo ano cheios de confiança no Senhor. Ansiamos que todas as nossas boas intenções sejam transformadas em atitutes que tornem o mundo (pelo menos em derredor) num lugar bem melhor de se viver. Para isso, contamos com a Graça de Deus e a correspondência de nossa fé. Com Deus e com fé. Com fé e com Deus. Nós e Ele, Ele e nós. Uma parceria cheia de possibilidades de conquistas. Eu convido você a se juntar a nós neste santuário diocesano dedicado à querida Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. A sua presença entre nós é motivo de alegria entre nós e no céu. Caminhemos juntos. Não deixemos que os obstáculos do dia a dia nos impeçam de nos ajudarmos mutuamente e de crescermos na mesma fé e no amor que Deus nos revelou no seu Filho e que nos pede vivermos uns aos outros.


Um abraço de paz!


Pela vida, sempre!




Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco

21/12/2013



Então, é Natal!




Natal é nascimento. Festa da luz, da solidariedade e do amor. Natal é renascimento da esperança, renovação do brilho antes ofuscado pelas dolorosas realidades acima elencadas. Natal é abrir-se ao mistério do Salvador que deixou o céu e veio morar entre nós. Natal é a prova de que o Altíssimo esvaziou-se para encher-nos de Si e do seu amor. É festa da misericórdia. Alegremo-nos, pois não pode haver tristeza quando nasce o autor da vida. Cuidemos da vida. Defendamos a vida. Reverenciemos a vida. Natal é Jesus! Jesus é a vida! Nascemos com o Senhor para uma nova vida!



«Tudo seria bem melhor, se o natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria, se os pais fossem José, se a gente parecesse com Jesus de Nazaré!» Que a família seja luz! Não pode viver nas trevas aquele que é discípulo da Luz! Abra as portas da casa e do coração ao mistério de Deus. Abra os ouvidos e o coração para o Verbo que se encarnou. Natal é festa da fecundidade do Reino que já está presente entre nós.



Celebre conosco. Teremos missas de segunda a quinta-feira às 19h30min. Na segunda, encerrando a novena do natal. Na terça, a missa da noite do Santo Natal. Na quarta, a missa festiva do natal. Na quinta, oitava do natal, a memória de Santo Estêvão, protomartir. Na sexta-feira, missa às 15h, na oitava do natal - dia de São João apóstolo e evangelista. No domingo, 29, às 8h e 19h30min missa da Sagrada Família.



Que o Verbo encarne-se também na sua vida, no seio da sua família, aqui em nosso santuário diocesano.


Feliz Natal!

Pax!!!

Padre Sandro Rogério dos Santos


04/11/2013



CONSIDERAÇÕES BÍBLICAS SOBRE A MORTE


 


Conforme a Bíblia, a morte é a sorte comum dos homens, o caminho de todos eles (1Rs 2,2). Também é o selo que põe sua marca definitiva na vida de cada indivíduo (Gn 25,7; Dt 34,1-8; 1Sm 31,1s). Via de regra, a consciência da morte faz com que o homem sinta a caducidade e a fragilidade de sua condição. A vida é um sopro, uma sombra, um nada (Sl 39,5-7; 89,48s; Jó 14,1s).


No pensamento religioso judaico, a vida e a morte formam um todo, sendo somente aspectos diferentes da mesma realidade. A morte vinha para apaziguar toda a dor e a tristeza, para confortar e completar. A morte para os judeus devotos significa o começo de uma nova fase. No Novo Testamento a concepção, embora siga o Antigo Testamento, é modificada pelo influxo da concepção apocalíptica do mundo, própria do judaísmo tardio: a morte será vencida por Deus por meio da ação salvífico-escatológica da ressurreição e a instauração do novo evo. A morte terrena não é mais a morte simplesmente. Só a escatológica, ou seja, a segunda morte é definitiva. O cristão ilumina seu encarar da morte com a Palavra de Deus. “A qualquer homem que reflita, a fé, apresentada com argumentos sólidos, oferece resposta à angústia sobre a sorte futura” [Constituição Pastoral Gaudim et Spes, nº 18].


As proposições da fé a respeito da morte são: a) o homem foi destinado por Deus a uma felicidade a ser alcançada pela morte, isto é, a plena comunhão com Deus; b) a morte é um fenômeno natural. Não fazia, contudo, parte do Projeto de Deus. Tornou-se conseqüência da ruptura do primeiro pecado humano. Deus querendo restaurar a ordem violada, em Jesus, assume a nossa natureza com as suas misérias. Passando pela morte, Cristo mudou-lhe o sentido: a morte tornou-se a expressão da total entrega ao Pai no amor [Dicionário Enciclopédico das religiões, Hugo Schlesinger e Humberto Porto].


Para o NT, Cristo é a diferença. Um morreu por todos! Pela cruz é estabelecida a nova Páscoa. Muda-se a natureza da morte. Um pouco na linha filosófica, Cristo é o homem que nasceu para morrer. Morrer em expiação por nossos pecados. A morte agarrou-se a Cristo, mas não conseguiu digeri-lo, porque nele estava Deus, e acabou assim sendo morta, diziam os Santos Padres. “Com o espírito que não podia morrer, Cristo matou a morte que matava o homem” [Melitão de Sardes]. Também os cristãos cantamos na liturgia “morrendo, ele [Cristo] destruiu a morte...”. Eis uma novidade que só pode ser acolhida pela dimensão da fé. Os raciocínios todos são vãos, quando querem esgotar a sua compreensão.


A morte perdeu seu aguilhão, como serpente cujo veneno é capaz apenas de fazer a vítima dormir durante algum tempo, sem matá-la, porém. Esta foi ineludivelmente a queda do último muro entre nós e Deus: a morte, pois os dois anteriores –o da natureza e do pecado– já haviam sido derrubados. O primeiro pela encarnação do Verbo e o segundo pela cruz de Jesus Cristo.


A morte é, agora, para o cristão a passagem para o consórcio definitivo com Deus, já que unido a Cristo pelos sacramentos do batismo e da eucaristia. Assim, o que morre com Cristo, vive com Cristo (Rm 6,8). Com a vinda de Cristo tudo se tornou diferente. Por meio dele, Deus aniquilou a morte (Hb 2,14); a sua vitória sobre a morte é a grande mensagem do Evangelho (2Tm 1,10). Para o NT é essencial a fé na ressurreição (1Cor 15). A morte já não reina na própria casa. Desde que Cristo desceu ao mundo subterrâneo (1Pd 3,19; 4,6), ele tem em mãos as chaves do reino da morte (Ap 1,18). Assim como ele morreu, também retornou à vida (Rm 8,34; 14,9; 1Ts 4,14). Cristo é o primeiro que a morte não pode reter (At 2,24). E com Ele, todos os que lhe pertencem.


Finados é dia de homenagear os nossos entes queridos. Eis uma oportuna ocasião para refletir sobre a nossa passagem [páscoa], isto é, nossa vida será transformada de corpo mortal em corpo glorioso. Como estou me preparando para este dia?


 


Pela vida, sempre!

Pax!

Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco


 


 

08/10/2013

 



JUVENTUDE EM MISSÃO

Outubro é dedicado às missões.


A campanha missionária 2013 traz como tema JUVENTUDE EM MISSÃO e o lema «A quem eu te enviar, irás» (Jr 1,7b). Estamos num santuário diocesano cuja padroeira –Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face– o é também das missões universais juntamente com São Francisco Xavier. O coração universal de Teresinha sustentava na oração e na oferta dos seus sofrimentos a ação missionária de homens e mulheres espalhados pelo mundo inteiro. O amor engloba todas as vocações e partir nem sempre será a atitude de quem caminha, mas de quem está aberto e em comunhão.


A Igreja que está na América Latina e no Caribe, desde Aparecida (2007) está empenhada na grande missão continental. Fala-se de superação das estruturas ultrapassadas e da necessidade de novos modos e meios de evangelizar. No Brasil, estamos estudando e nos movimentando no sentido de uma nova paróquia, organizada como comunidade de comunidades. No espírito, a missão. Em nossa paróquia há muito que fazer para atingir os ideais propostos pela Santa Igreja e tão assiduamente recordado pelo Santo Padre Francisco. Este, em sua mensagem para a campanha missionária, afirma que:


«O anúncio do Evangelho é um dever que brota do próprio ser discípulo de Cristo e um compromisso constante que anima toda a vida da Igreja. «O ardor missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial» (Bento XVI, Verbum Domini, 95). Toda a comunidade é «adulta», quando professa a fé, celebra-a com alegria na liturgia, vive a caridade e anuncia sem cessar a Palavra de Deus, saindo do próprio recinto para levá-la até às «periferias», sobretudo a quem ainda não teve a oportunidade de conhecer Cristo. A solidez da nossa fé, a nível pessoal e comunitário, mede-se também pela capacidade de a comunicarmos a outros, de a espalharmos, de a vivermos na caridade, de a testemunharmos a quantos nos encontram e partilham conosco o caminho da vida.»


Francisco afirma que «devemos sempre ter a coragem e a alegria de propor, com respeito, o encontro com Cristo e de nos fazermos portadores do seu Evangelho; Jesus veio ao nosso meio para nos indicar o caminho da salvação e confiou, também a nós, a missão de a fazer conhecer a todos, até aos confins do mundo.» Ao contemplar as dificuldades sociais e o mundo em derredor  no qual grassam «violência, a mentira, o erro», continua o papa, «é urgente fazer resplandecer, no nosso tempo, a vida boa do Evangelho pelo anúncio e o testemunho, e isso dentro da Igreja.»


Um alerta é fundamental: não se evangeliza sem a igreja. «é importante não esquecer jamais um princípio fundamental para todo o evangelizador: não se pode anunciar Cristo sem a Igreja. Evangelizar nunca é um ato isolado, individual, privado, mas sempre eclesial.»


Por causa de tantas dificuldades e contrariedades no mundo contemporâneo, «o homem do nosso tempo necessita de uma luz segura que ilumine a sua estrada e que só o encontro com Cristo lhe pode dar.» E como podemos fazer isso? «Com o nosso testemunho de amor, levemos a este mundo a esperança que nos dá a fé!»


Cientes de que «a missionariedade da Igreja não é proselitismo, mas testemunho de vida que ilumina o caminho, que traz esperança e amor.», pedimos a intercessão de Santa Teresinha, cuja festa celebramos a 1 de outubro, para que descubramos a nossa tarefa missionária. Terminada a missa, inicia a missão. A cada domingo (pelo menos) somos lembrados da tarefa da igreja, da qual somos membros e parte constituinte. Que o testemunho da nossa fé contagia a muitos ao nosso redor.


Pela vida e pela missão, sempre!


Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco


 

08/10/2013




CUIDAR DA VIDA E TRANSMITIR A FÉ



1. A CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB) ANUNCIOU que será celebrada de 1 a 7 de outubro a Semana Nacional da Vida (SNV) com o tema «Cuidar da Vida e Transmitir a Fé». Uma das iniciativas lançadas pela Comissão da CNBB para a semana é o subsídio «Hora da Vida», que em sua 3ª edição, apresenta sete encontros e uma sugestão de Vigília de Oração pela Vida. Durante esta SNV, nossas dioceses [paróquias e capelas] são convidadas a desenvolver atividades em torno do tema, com enfoque no direito à vida e a preservação da dignidade humana. Para o padre Rafael Fornasier, assessor da Comissão, o tema escolhido está inserido nas celebrações do Ano da Fé e da Semana Nacional da Família, «cuja proposta se fundamenta na missão de toda a Igreja visando a Nova Evangelização e a transmissão da Fé em nossas famílias, comunidades e na sociedade, segundo a nova Encíclica Lumen Fidei». Instituída em 2005 pela 43ª Assembleia Geral da CNBB, a SNV celebra o direito à proteção da vida e saúde do nascituro, suscitando nas famílias e na sociedade a consciência e o reconhecimento do sentido e valor da vida humana.


2. OS DISCÍPULOS DE JESUS TEMOS A GRAVE OBRIGAÇÃO de «tutelar» a vida. Somos cuidadores da vida. Jesus deixou-nos a grave constatação de «os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz» [cf. Lc 16,8]. E não precisamos nos exercitar muito para enxergar essa triste realidade nos dias de hoje. Inseridos numa cultura de morte, vivemos o tempo inteiro bombardeados por propagandas favoráveis à morte [contracepção, aborto, drogas, eutanásia etc]. A mentira é desavergonhada e angaria muitos patrocinadores. A ação é tão deletéria que até mesmo pessoas bem intencionadas não conseguem distinguir a sedutora malícia do demônio. Em lugar da exclamação do mandamento [Não matarás!] colocamos uma vírgula [Não matarás, exceto se...]. E assim, tentamos nos ajustar com dois «senhores», o da vida e o da morte.


3. O BEM-AVENTURADO JOÃO PAULO II DEIXOU-NOS, EM 1995, a Carta Encíclica «Evangelium Vitae» [Evangelho da Vida] em que nos ensina que: «o ser humano deve ser respeitado e tratado como uma pessoa desde a sua concepção e, por isso, desde esse momento devem-lhe ser reconhecidos direitos da pessoa, entre os quais e primeiro de todos, o direito inviolável de cada ser inocente à Vida» (EV 60); e a vencer a «cultura da morte» que se disseminava e ainda é disseminada pelos quatro cantos do mundo por meio de leis e ações governamentais que, em lugar de defender, promover e sustentar a vida, banalizam, degradam, corrompem e... matam.


4. OS PAPAS BENTO XVI E FRANCISCO SEGUEM A linha de João Paulo II. Vira-e-mexe a imprensa tenta distorcer as palavras do Papa e as da Igreja a serviço da confusão e dos lobbies favoráveis à morte. Na coluna passada, destacamos as palavras do Santo Padre Francisco aos ginecologistas católicos reunidos em Roma: «As coisas têm preços e podem ser vendidas, mas as pessoas têm dignidade, valem mais do que as coisas e não têm preço... Toda criança não-nascida, mas condenada injustamente ao aborto, tem a face do Senhor, que antes mesmo de nascer, e logo recém-nascida, experimentou a rejeição do mundo. E cada idoso, mesmo se doente ou no final de seus dias, traz consigo a face de Cristo. Não podem ser descartados!»


5. ASSIM, O QUE SE PODE ESPERAR DE UMA sociedade que rejeita suas crias e que mata os seus anciãos? O que se pode esperar de uma sociedade que limita o seu futuro e que nega o seu passado? O que se pode esperar da sociedade que banaliza a família e equipara direitos humanos com outros de menor escala e valor? Em quais bases estamos assentando a construção da nossa história? Que a fé e a criatividade nos façam intrépidos defensores e promotores da vida –especialmente, da vida humana– desde a sua concepção até o declínio natural. Façamos um ato de fé na vida, um ato de fé em Deus, no Deus da vida. Pela vida, sempre!


Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco



 

25/09/2013





«Salve, Santa Teresinha, nossa bela padroeira!»




Queridos paroquianos e devotos de Santa Teresinha, eis um novo tempo de alegrias, orações e celebrações. A comunidade está revestida com trajes de festa. Ansiamos bem viver o dia da padroeira do santuário diocesano dedicado a Irmã Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, ou como carinhosamente a chamamos “Santa Teresinha do Menino Jesus”.


Sabemos que a sua vida foi marcada pela fé. O seu amor incondicional ao Senhor só aumentou durante a sua curta existência (24 anos), enquanto também grande foram os seus sofrimentos. Como sofreu nossa amada e amiga santinha. Mas em tudo ela descobriu que o amor seria a diferença e a força. O amor, nada a mais, nada a menos. Sua vida foi pautada pelo evangelho.


Sua esperança e certeza era passar o seu céu trabalhando, fazendo bem na terra. Sua vida se gastou por amor aos sacerdotes e pela busca da santificação no trato com as irmãs do carmelo. A sua alma é linda, o seu exemplo, maravilhoso. Haurimos da vida de Teresinha uma inebriante bebida do Espírito. Terminou sua vida declarando-se ao seu amor: «Jesus, eu vos amo!».


Ah! Como são os enamorados, vivem mesmo que mortos e mortos vivem para sempre. O desejo do encontro é mais forte que as contingências dos momentos. Viveu de fé aquela que hoje do céu intercede por nós. Viveu de fé aquela que em tudo procurou colocar o amor. Morreu de fé porque de fé viveu aquela que nos ensinou ser preciso ocupar o último lugar, que só se sobe, quando desce.


Eis a luz da nossa comunidade: Teresa de Lisiéux. Rogai por nós e por todos quantos ainda não se abriram ao amor, não descobriram o valor e o poder da fé nem conseguiram se entregar de corpo e de alma ao Divino Amado, que está a porta batendo e esperando que esta lhe seja aberta para entrar e juntos cearmos o grande banquete da vida.


Cantemos rezando. Rezemos cantando: «Salve, Santa Teresinha, nossa bela padroeira! Nós queremos sua bênção hoje e pela vida inteira!»


Celebre conosco. A novena de 22 a 30 de setembro, com missa diariamente às 19h30min. E no dia 1º de outubro, festa de Teresinha, missas às 6h, 15h e 19h30min –esta última com procissão, bênção e distribuição de rosas e show pirotécnico.


 


«Santuário diocesano, Casa de Teresinha, Casa de Deus, nossa Casa!»


 


Pela vida, sempre!

Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco


14/08/2013

 


«Vocação é sem medo dizer sempre sim»


 


Queridos, estamos em agosto, mês das vocações.


Sabemos que uma vida sem sentido não vale à pena ser vivida. Empenhamo-nos por metas altas. Desejamos construir grandes empreendimentos. Ansiamos que tudo ao nosso redor e em nosso interior viva em harmonioso equilíbrio e paz.


Deixar-se alcançar pela presença e pela voz do Senhor é um desafio bastante grande dos nossos dias. Vivemos atarefados, corridos, angustiados pelo que virá e saudosistas (e entristecidos) pelo que passou. Dessa forma, negligenciamos o momento presente e neste não ouvimos o Deus que nos chama.


Nenhum de nós foi ignorado por Deus. Todos e cada um fomos chamados por Ele a uma tarefa na existência e mesmo na comunidade. Ele nos conhece pelo nome. Ele sabe de que barro fomos feitos. Ele modela e remodela a nossa vida tal como o oleiro faz com o vaso de argila.


É preciso, portanto, parar um pouco. Aquietar-se em silêncio e distinguir a voz do Amado que vem ao encontro da amada. Deixar-se seduzir por essa voz e ousar dar-lhe uma resposta de amor. Ser pai/ ser mãe é um dom, uma vocação. Formar família é um dom/ uma vocação. Ser padre (religioso/religiosa) é um dom, uma vocação.


Não fomos nós que escolhemos. Ele nos escolheu. Não fomos nós que o amamos. Ele nos amou primeiro. Portanto, vocação é chamamento de Deus e resposta dos seus filhos. Podemos dizer não, só não podemos nos fazer de indiferentes e nem lhe dar uma resposta.


Que a sua resposta seja afirmativa. Eis-me aqui, ó Deus. Venho, com prazer, fazer a vossa vontade!


Rezemos pelas vocações.


Um abraço.


Pax!


Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco

16/07/2013

 


A LUZ DA FÉ

 

«Lumen Fidei» («A luz da fé»), assim se intitula a primeira Encíclica do Santo Padre Francisco que foi apresentada na sexta-feira, 5 de julho, em conferência de imprensa, no Vaticano. Dirigida aos bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas e a todos os fiéis leigos, a Encíclica –explica o Papa– já estava «quase completada» por Bento XVI. Àquela «primeira versão» o atual Pontífice acrescentou «ulteriores contribuições». A finalidade do documento é recuperar o caráter de luz que é específico da fé, capaz de iluminar toda a existência humana. Quem acredita nunca está sozinho, porque a fé é um bem comum que ajuda a edificar as nossas sociedades, dando esperança. E este é o coração da Lumen fidei. Numa época como a nossa, a moderna em que o acreditar se opõe ao pesquisar e a fé é vista como um salto no vazio que impede a liberdade do homem, é importante ter fé e confiar, com humildade e coragem, ao amor misericordioso de Deus, que endireita as distorções da nossa história.

 

Testemunha fiável da fé é Jesus, através do qual Deus atua realmente na história. Como na vida de cada dia confiamos no arquiteto, o farmacêutico, o advogado, que conhecem as coisas melhor que nós, assim também para a fé confiamos em Jesus, um especialista nas coisas de Deus. A fé sem a verdade não salva, diz em seguida o Papa –fica a ser apenas um bonito conto de fadas, sobretudo hoje em que se vive uma crise de verdade, porque se acredita apenas na tecnologia ou nas verdades do indivíduo, porque se teme o fanatismo e se prefere o relativismo. Pelo contrário, a fé não é intransigente, o crente não é arrogante: a verdade que vem do amor de Deus não se impõe pela violência, não esmaga o indivíduo e torna possível o diálogo entre fé e razão. Torna-se, portanto, essencial à evangelização: a luz de Jesus brilha no rosto dos cristãos e se transmite de geração em geração, através das testemunhas da fé. Mas de uma maneira especial, a fé se transmite através dos Sacramentos, como o Batismo e a Eucaristia, e através da confissão de fé do Credo e a Oração do Pai Nosso, que envolvem o crente nas verdades que confessa e o fazem ver com os olhos de Cristo. A fé é uma, sublinha o Papa, e a unidade da fé é a unidade da Igreja.

 

Também é forte a ligação entre acreditar e construir o bem comum: a fé torna fortes os laços entre os homens e se coloca ao serviço da justiça, do direito e da paz. Essa não nos afasta do mundo, muito pelo contrário: se a tirarmos das nossas cidades, ficamos unidos apenas por medo ou por interesse. A fé, pelo contrário, ilumina a família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher; ilumina o mundo dos jovens que desejam «uma vida grande», dá luz à natureza e nos ajuda a respeitá-la, para «encontrar modelos de desenvolvimento» que não se baseiam apenas na «utilidade ou lucro, mas que consideram a criação como um dom». Mesmo o sofrimento e a morte recebem um sentido do fato de confiarmos em Deus, escreve ainda o Pontífice: ao homem que sofre o Senhor não dá um raciocínio que explica tudo, mas a sua presença que o acompanha. Finalmente, o Papa lança um apelo: «Não deixemos que nos roubem a esperança, não deixemos que ela seja frustrada com soluções e propostas imediatas que nos bloqueiam o caminho para Deus».

 

A Encíclica está organizada em capítulos: I- «Acreditámos no amor» (cf. 1 Jo 4,16): nos apresenta o dom da fé como um ato do amor do Pai e nos exorta a acreditarmos no amor; II- «Se não acreditardes, não compreendereis» (cf. Is 7,9): o Papa discorre sobre a fé, a verdade, e o amor; III- «Transmito-vos aquilo que recebi (cf. 1 Cor 15,3): é o tópico sobre a transmissão da fé, tão urgente e desafiadora nestes nossos tempos, a Igreja é missão e é a Mãe de nossa fé; IV- «Deus prepara para eles uma cidade» (cf. Heb 11,16): vivemos na fé, na certeza dos bens futuros; esta fé norteia a ação em busca de uma ordem social fundamentada na Verdade, que se transmite da família para toda a sociedade; Filho devoto de Maria, o Papa finaliza sua Carta na invocação de Maria: «Feliz aquela que acreditou» e pede-lhe: «Ajudai, ó Mãe, a nossa fé. Abri o nosso ouvido à Palavra, para reconhecermos a voz de Deus e a sua chamada. Despertai em nós o desejo de seguir os seus passos, saindo da nossa terra e acolhendo a sua promessa. Ajudai-nos a deixar-nos tocar pelo seu amor, para podermos tocá-Lo com a fé».

 

Além das livrarias, o site do Vaticano [www.vatican.va] oferece o texto para download.



Pela vida, sempre!

Pax!!!

 

Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco

[texto publicado no jornal diocesano Anúncio, julho/2013]

14/06/2013

 


13 de junho

Santo Padre Francisco completa três meses de pontificado

 

Aos 13 de março, foi escolhido o novo sumo pontífice da Igreja de Cristo, nossa mãe Católica. Vindo, conforme as suas próprias palavras, do «fim do mundo”, o cardeal Jorge Mario Bergoglio foi apresentado com o nome Francisco. Agora, passados três meses do seu pontificado, temos plena confiança de que é o Espírito Santo que governa a Igreja, e que suscita homens segundo o coração de Deus para estar à frente do seu rebanho.

O Santo Padre Francisco comunica de um jeito muito próprio a mensagem de Jesus, seja por gestos, seja por palavras. Ele anuncia o amor e a misericórdia de Deus de forma a alcançar ouvidos e corações. Certamente tem conquistado muitas pessoas para o Senhor.

Sinto-me amiúde inspirado pelo seu sorriso, pelas «peripécias» no papamóvel [tais como, pegar um terço no ar, pegar a bolsa da deficiente que caiu no chão, pegar a gaiola com pombas e soltá-las, pegar as crianças no colo, pegar o solidéu e colocar na cabeça das crianças] e pelos breves acenos diante da multidão [sempre empolgada].

É para mim tão diferente daquele primeiríssimo momento no balcão da Basílica Vaticana quando parecia algo desconcertado ou tímido.

Antes da lei está o amor. Antes da correção está a acolhida. Antes do Santo Padre, está o ser humano. Eis o «Doce Vigário de Cristo» na Terra. Anuncia com a luz e a força do Evangelho. Denuncia com a luz e a força do Evangelho. Iniciou o seu pontificado falando da cruz e conclamando ao «cuidado».

De fato, todo verdadeiro discípulo de Jesus não renega a cruz e não deixa de cuidar das pessoas e de toda a criação. Vida longa ao Santo Padre!

 

Pax!!!

 

 

Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco
04/04/2013





MENSAGEM DE PÁSCOA


 


 


 


Queridos,


 


paroquianos e devotos de Santa Teresinha.


 


O tempo pascal é inicio de um novo tempo.


 


Abertura de uma extrema novidade que vem ao nosso encontro.


 


A graça abundante superou e apagou todo pecado.


 


Até a morte foi vencida. O último inimigo não existe mais.


 


Os que creem e estão em Cristo são novas criaturas.


 


Revestidos da força do Alto cujas vestes foram alvejadas no sangue do Cordeiro.


 


As coisas antigas passaram.


 


O Senhor Jesus –ressuscitado!-- faz novas todas as coisas.


 


Sejamos testemunhas, pois, como Maria de Magdala, podemos dizer “eu vi o Senhor”.


 


Depois de vê-lo, vai e anuncia aos meus irmãos...na Galileia...


 


Galileia... da família, do trabalho, da sociedade, da comunidade... do mundo inteiro.


 


Que os sinais da ressurreição sejam muitos e eloquentes na sua vida.


 


Feliz Páscoa!


 


Feliz Vida Nova!


 


Pax!!!


 


Padre Sandro Rogério dos Santos


Pároco

23/03/2013

 


«Semana Santa 2013»

Amor, dor, esperança e glória!

 

Estas palavras definem bem a realidade da Semana Santa (e do Tríduo Pascal). Jesus de Nazaré empreende um caminho que o conduzirá à dor, ao abandono, mas também ao triunfo definitivo. O sofrimento da Cruz e a Glória da Ressurreição são partes de uma mesma história: a da nossa ressurreição. Vivamos com intensidade estes dias de amor, dor, esperança e glória. Estejamos dispostos a viver o memorial da paixão, morte e ressurreição do Senhor colocando-nos à disposição d’Ele que veio nos ensinar o caminho rumo ao Pai e que nos amou até o fim.

 

Os cristãos costumam encher as igrejas na Sexta-feira Santa da Paixão, mas poucos vão a igreja testemunhar a ressurreição. Tanto estivemos afeiçoados ao sofrimento que a identificação parece profunda e exclusiva, como não fosse permitido sentir nem viver alegrias. Assim, queremos seguir a trilha do caminhar de Jesus, nosso Mestre. Entraremos com Ele em Jerusalém –lugar da morte e da ressurreição. Estaremos ao seu lado, procurando reconhecermo-nos em cada personagem. Os discípulos de sempre, os de agora, os que o ajudam, os que o traem, os que o defendem, os que gritam e pedem pela sua condenação, os que se deixam transformar em massa de manobra, os que choram a sua morte, mas permanecem ali, junto ao túmulo, os que testemunham a sua ressurreição...

 

A semana santa nos abre diversas possibilidades de autoconhecimento e de consciente e decidido discipulado. Estar com o Senhor na Glória é possível e é o nosso destino, mas somente depois de estar com ele no Calvário, na solidão da cruz e da morte. Como soa importante nos lembrarmos de que não há glória sem cruz e não há ressurreição sem morte. Obedientes e disponíveis, iniciemos esta jornada. Ele está conosco... até o fim dos tempos!

 

Pela vida, sempre!

Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco

Confira a programação clicando no seguinte link http://bit.ly/ZdVltD

15/03/2013

 


«HABEMUS PAPAM FRANCISCUS»

 

Uma semana cheia de alegria, fé e surpresas. Assim, poderíamos constatar os dias do Conclave (os de antes e os seguintes). O divino Espírito Santo é a alma da Igreja e a conduz por meio de homens que a divina providência escolheu nas circunstâncias peculiares da história e de suas vidas também. A Igreja Católica Apostólica Romana está na pauta do dia há pelo menos desde a segunda-feira de carnaval, quando o Santo Padre, agora emérito, Bento XVI comunicou a sua renúncia ao ministério petrino, desencadeando uma enxurrada de reportagens, especulações, orações... e até de certa angústia. A imprensa mirou a igreja. Cada palavra e cada gesto eram analisados milimetricamente. Verdadeiro raio-x era feito para dar vazão e razão às teorias, ora conspiratórias, ora martiriológicas do acontecido. Os pecados da “cúpula” da igreja foram apresentados em praça pública sem nenhuma piedade e todos a pedir “apedreje-os”, “crucifica-os”.

 

A Sede vagou. De helicóptero, Bento XVI se retirou «para o monte», para rezar, manter a comunhão com a igreja no silêncio e no escondimento, vivendo a última etapa da sua peregrinação na terra. Suas últimas palavras foram «obrigado, boa noite!». Em tempos de moderníssimas tecnologias de comunicação, o mundo voltou o seu olhar para uma chaminé instalada sobre o telhado da Capela Sistina (Vaticano). Uma fumaça não indicaria fogo, mas a depender da sua cor (preta ou branca) a eleição do novo líder supremo da igreja, o Papa. E ela não tardou a aparecer.

 

Quarta-feira, 13 de março, 15h06 (no Brasil), a fumaça branca anunciava: os cardeais elegeram um dos seus pares como aquele que será o «servo dos servos de Deus». Passada uma hora, a multidão de fieis na Praça São Pedro era pura expectativa. Surge o cardeal protodiácono encarregado do anúncio: «HABEMUS PAPAM». A explosão foi instantânea. Festa na praça. Não importa quem é. Temos papa! «Gaudium Magnum» (Máxima alegria!). Nascia naquela tarde o primeiro papa com o nome FRANCISCO. Em sua inicial saudação, disse «boa noite!» e brincou «parece que os meus irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo [o bispo de Roma] quase ao fim do mundo…» –ele se referia a sua terra natal, a Argentina. Sim, o 1º papa além-mar saiu da America Latina. O jesuíta José Mario Bergoglio, de 76 anos, é o «Doce Vigário de Cristo na Terra». Pediu a bênção (oração) do povo antes de dá-la; inclinou-se; falou da fraternidade e do caminho da igreja. Da inicial timidez, finalizou aquele encontro com um sorriso simpático. Restou a sensação de que o Papa, embora Vigário de Cristo na Terra, é um homem... de fé. Antes, morava modestamente, cozinhava sua comida e andava de transporte público.

 

Para registro nesta coluna da diocese. No primeiro dia como papa, Francisco foi rezar junto a Nossa Senhora; passou no hotel –onde se hospedara antes do conclave– para pagar a conta (e dar bom exemplo!). Na primeira missa, disse aos cardeais que é preciso ser discípulo do Senhor, senão a Igreja (edificada no sangue de Cristo) se torna ONG beneficente e não esposa do Senhor. Em novo encontro com os cardeais, agora na sala Clementina, os convidou: «Jamais cedamos ao pessimismo, àquela amargura que o diabo nos oferece todos os dias. Temos a firme certeza de que o Espírito Santo doa à Igreja, com o seu sopro poderoso, a coragem de perseverar e também de buscar novos métodos de evangelização, para levar o Evangelho até os extremos confins da terra (At 1,8).»

 

Humildade é a palavra que sobressai quando é referido o Santo Padre Francisco. Os primeiros gestos e a vida modesta denotam a sua franciscanidade. Talvez, o cardeal Bergoglio tenha ouvido na hora da sua eleição, por meio dos cardeais: «Francisco, reconstrói a minha Igreja». Numa nota final, não poderia deixar de traçar um paralelo entre duas figuras que pretenderam reformar/reconstruir a igreja: Francisco de Assis e Martinho Lutero (monge Agostiniano). Um entendeu que para reformar era preciso ser radical na vivência do evangelho, pelo exemplo e na fraternidade universal. O outro pelo protesto, no confronto e na separação. Ajudemos a reformar a Igreja: convertamo-nos todos!

 

Pela vida, em unidade com a Igreja, sempre!


Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco
14/02/2013

 


A RENÚNCIA DO PAPA, A NOSSA FÉ E AS FOFOCAS DO MUNDO

 

 

Aos domingos e nas solenidades, professamos publicamente a nossa fé: «Creio em Deus Pai todo-poderoso...». Fico impressionado com a quantidade de fieis católicos que aos domingos professa publicamente a sua fé recitando em voz alta e em coro com a assembleia «creio na santa igreja católica» mas que ao sair da igreja mostra por obras, pensamentos e palavras que, de fato, não acredita, pois não a conhece e assim não a ama.

 

Quando o bispo muda um padre de paróquia, logo levantam-se muitos para mostrar a sua contrariedade. Quando se precisa mudar um padre para uma comunidade carente dos dons que este detém, logo levantam-se muitos para mostrar a sua contrariedade e até mesmo a sua deselegância para com o pastor diocesano.

 

Nos noticiários desses dias, muito se tem dito sobre aspectos políticos e graves de outras naturezas que levaram o Santo Padre Bento XVI a comunicar a sua renúncia ao ministério petrino (papado). Que as empresas do vasto e variado campo midiático e que as pessoas dependentes de consumidores e de ibope falem e especulem e distorçam palavras e até documentos para que estes digam o que “o mundo” pretende, eu me calo. Eles não são catequistas nem tem interesse de serem instrumentos do Senhor e do seu Reino.

 

Mas quando a boca que fala e a pena que escreve são de católicos “praticantes”, faz-me pensar na estranheza e na profundidade dessa fé. Se o papa (e com ele toda a Igreja) fizer o que é listado todos os dias como causas retrógradas ou falta de modernidade, então estaremos numa coisa parecida com a Igreja de Jesus, mas que ao final e ao cabo Igreja de Jesus não é.

 

Tentemos imaginar. Como seria se o papa cedesse na doutrina que emana dos evangelhos apenas para ganhar a simpatia do mundo e para aumentar o celeiro da igreja? Ele deve ser fiel ao Senhor que o escolheu –e o constituiu seu vigário aqui na terra– ou ser seduzido pelas modas e vencido pelas pressões de quem quer fazer da igreja uma instituição conforme os parâmetros da hora?

 

Há muitos que nunca se deixarão seduzir pela Palavra do Senhor. Há tantos outros que nunca aceitarão a sua humilde posição de ser “apenas” um membro da igreja. E se dela não se sentem parte, partem para o ataca e para denunciar as suas mazelas. A vitalidade da Igreja depende do Espírito Santo que vai soprando e suscitando homens e mulheres capazes de ouvir a sua voz e dizer claramente ao corpo dos fieis por onde seguir.

 

Sim, eu «creio na Santa Igreja católica», nela fui gerado filho de Deus pelas águas do batismo, por ela tenho empenhado meus dias e muito das minhas capacidades. Sou filho da Igreja e tenho me esforçado para viver com tal dignidade. Se me permite, gostaria de pedir a você que é cristão católico e que ama a igreja, não perturbe o seu coração com tantas e tão estranhas notícias sobre a sucessão pontifícia. Mantenha-se em paz. No governo da Igreja está o Senhor. A Igreja é de Cristo. Ele prometeu «as portas do inferno não prevalecerão contra ela». Fique em paz!

 

Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco
22/01/2013


Algo de bom acontece no mundo?


 


Estranhamente não sou dado à televisão. Questão de gosto mesmo. Quando me arvoro assistir alguma coisa está entre debates, mesas redondas, jornais com comentários, algum humorístico, documentários e alguma série curtíssima sobre assuntos específicos (o que acho que até é muita coisa!).


 


Ultimamente não tenho tido nenhuma motivação para os programas jornalísticos: segurança e política são dois assuntos muito abordados e que me causam enjoo. To quase querendo acreditar que os ignorantes são mais felizes. To quase querendo professar a fé no ditado popular «o que os olhos não veem o coração não sente».


 


Vou continuar a ler –aqui na net– os jornais, blogues e comentaristas que acredito me acrescentam uma visão boa do mundo ao mostrar também as coisas boas que as pessoas fazem. Não acredito que haja somente misérias no mundo. Hoje mesmo, fiz tantas coisas interessantes... e nenhuma é notícia em lugar nenhum.


 


Você, leitor/leitora, não fez nada de bom e que ajudou o mundo a ser melhor hoje? Então. Desligar a TV e ligar-se ao redor da sua sala, da sua casa, da sua escola. Tem muita gente praticando o bem, distribuindo sorrisos e semeando a paz. Tem muita gente salvando gente. EU CREIO NA VIDA E NAS PESSOAS. [17/1/2013]


 


Pax!!!


 


Padre Sandro Rogério dos Santos


Pároco


 


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31/12/2012

 


Queridos,


 


chegamos à hora final e inicial.

Um dia finda e com ele, um mês e um ano.

Na passagem, novo dia, mês e ano iniciam.

Por isso, dizemos «adeus 2012» e «a Deus 2013».

Seja bom o seu ano 2013 e abençoada a sua vida.

Encontrar-nos-emos durante o novo ano,


com a Graça de Deus,


tanto aqui neste site do Santuário diocesano Santa Teresinha,


quanto nos momentos litúrgico-celebrativos.


Pax!!!


 


Padre Sandro Rogério dos Santos


Pároco

26/12/2012

 


Filhos do eterno, marcados pelo tempo

_Queridos, o ano 2013 seja bom e a sua vida abençoada!





O Santuário é a “Casa de Teresinha”, “Casa de Deus” e “Nossa Casa”! Teresinha é a jovem monja carmelita -Doutora da Igreja e Padroeira das Missões- cuja festa é celebrada no dia 1º de outubro. Seus 24 anos foram um exalar do amor profundo a Jesus. Nosso santuário diocesano quer ser uma casa de reconciliação, um lugar onde Deus mora de modo especial e de onde a força da vida nova dimana para todos. Trazemos lágrimas de alegria e tristeza, de conquista e derrota para transformar em fé viva a nossa história pessoal, familiar, comunitária e social.

 

Por isso, desejo nos encontrarmos pelo menos a cada domingo ao redor da mesa eucarística onde está também a querida Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, nossa padroeira e inspiradora. Sejamos no coração da Igreja –nossa mãe– o amor; acolhamos os sofrimentos em forma de purificação pessoal e de serviço a Deus; façamos das pequenas ocupações diárias um modo efetivo de agradar a Deus e de alcançar muitas bênçãos. Esse caminho, a “pequena via”, se trilha com confiança e abandono.

 

Ao celebrarmos o «ANO DA FÉ» (2012-2013), recordemos que Teresinha viveu sua fé de modo pleno mantendo um relacionamento filial com Deus Pai, como uma “criança” se sente profundamente querida e amada (cf. Salmo 130). Ela confessa e nos ensina: «O bom Deus não pode inspirar desejos irrealizáveis. Logo, apesar de minha pequenez, posso aspirar à santidade. Tornar-me grande, é impossível; devo, pois, me suportar tal como sou, com todas as minhas imperfeições, mas quero procurar um meio de ir ao Céu por uma pequena via bem direta, bem curta... inteiramente nova».

 

«Se alguém é pequenino, que venha a Mim» (Prov 9,4). «Como uma mãe acaricia seu filho, assim eu vos consolarei, vos carregarei ao peito» (Is 66,12s). Diante da Palavra, rejubilou: «Ah! O elevador que deve me erguer até o céu é vossos braços, ó Jesus!». Assim, ninguém fique à margem nem sem alimento. A Palavra de Deus escutada e lida, refletida e partilhada oriente os nossos passos, alimente a nossa vida e nos ensine a amar e a dar a vida.

 

Pax!!!

 

Padre Sandro Rogério dos Santos


 

14/12/2012

 


 


NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO (25 de dezembro)

Em Família, nos reunimos, rezamos e pedimos: “Vem, Senhor Jesus!”


 


Meus queridos, no domingo dois de dezembro celebramos o primeiro do Advento (Tempo da Espera e da Esperança, da Vigilância e da sobriedade). Inaugura-se o Ano Litúrgico C (cujo evangelho nos domingos comuns será o segundo São Lucas). Dentre tantas coisas, faço um agradecimento especial às muitas pessoas que tem se juntado a nós no Santuário diocesano Santa Teresinha.



A comunidade cresce espiritual e materialmente porque está aprendendo a acolher quem vem de fora e a fazer circular entre todos esse grande dom Deus que é o amor. Para bem se preparar para o Natal, deixo algumas sugestões: arme o presépio em sua casa ou tenha, pelo menos, uma imagem do Menino Jesus. Conte às crianças o verdadeiro significado do Natal, o nascimento de Jesus, Filho de Deus, que também é Deus. Celebre a novena do natal em família. Juntem-se por um instante, leiam o evangelho, meditem a vida de Jesus –o Emanuel– “Deus-conosco-para-sempre”.



Que o mistério desta festa renove nos corações a gratuidade da salvação, a humildade e a beleza do servir a Deus e confirme a todos na fé. Unidos aos anjos e aos pastores cantemos “Glória a Deus nas alturas e Paz na terra aos homens!” Feliz e Santo Natal. Seja bom o seu ano 2013 e abençoada a sua vida.



Pela vida, sempre!

Pax!!!








Padre Sandro Rogério dos Santos – Pároco

(
padre@santuariosantateresinha.com )







16/11/2012

 


Diretor espiritual, um “profissional” em extinção?

 

 

Quando, mesmo fora de hora, o seu carro quebra, acredito, você logo saca da carteira um cartão no qual tem o telefone do seu mecânico – aquele que com as indicações dos amigos e o tempo tornou-se o melhor mecânico do muno. Não há dúvidas. O carro quebrou. Basta ligar pra ele. O que dizer, então, quando a fiação de casa está comprometida e de repente você se vê sem energia elétrica. Nestes dias tão modernos nos quais precisamos de energia elétrica para manter a geladeira e o freezer ligados, o microondas que nos salva nas horas difíceis de fome, a TV que concentra tanto a nossa atenção e o computador que ligado à internet nos mantém em casa e conectados com o mundo. Claro, você vai a agenda e saca o telefone do eletricista da sua confiança. Natural. Ah! E quando estoura um cano, a casa inunda, o banheiro fica aquela loucura, a torneira não funciona de jeito nenhum, ao ponto de precisar desligar o registro geral da distribuição da água em sua casa? Tcham-tcham-tcham!!! De novo, a agenda, a carteira na qual estão guardados os seus melhores prestadores de serviço... você logo encontra o nome, o número e o chama “– é o encanador? (...) preciso da sua ajuda, urgente!”

 

Com os exemplos acima gostaria de destacar o quanto sabemos prever algumas situações e para não ficar delas reféns temos referências de profissionais que nos atenderão a qualquer hora, ou pelo menos o quanto antes, para a nossa tranquilidade. Caberia agora perguntar: e com relação à própria vida, temos essa pessoa, esses números e essa confiança? Quando estamos desolados, a quem ligar? Encanador, taxista, pedreiro, eletricista, jardineiro... não adianta. Tenho a impressão de que muita gente valoriza mais os bens materiais que a própria vida. Senão, por quanto tempo se arrastam até se convencerem de que a vida está fora de controle, de que mesmo lendo o que se passa não tem respostas nem saídas? Os melhores profissionais não devem ser descobertos na hora da necessidade, pois quando estamos sob pressão, qualquer um serve: vai o primeiro da lista telefônica.

 

Com relação à vida espiritual, quem cultivamos no dia-a-dia ouvindo a sua voz, considerando a sua palavra, deixando-se cativar e cultivar pela generosidade dos seus ouvidos sintonizados ao coração? Precisamos de direção espiritual, de um diretor espiritual. Gente experimentada que nos diga por onde é melhor seguir. Homens e mulheres que não tenham medo de dizer o que contemplam. Aqueles que não precisam viver de agradar ao ouvinte. Como padre preciso reconhecer “o melhor padre” e ir a sua procura quando me sentir desencontrado, desolado, desconectado. Um exercício de oração, de humildade, de sabedoria. Ter entre os cartões e os relacionados na lista telefônica o diretor espiritual. Procurá-lo com frequencia. Desejar trilhar com segurança o caminho que não lhe é exclusivo nas alegrias e tribulações, mas que lhe é singular no exercício da caminhada.

 

O diretor espiritual é um “profissional” em extinção à medida que faltam homens e mulheres preparados (experimentados) ou os indivíduos estão subsumidos nas dificuldades que atrapalham até o reconhecimento dos seus próprios males? No caminho, ninguém é o primeiro, ninguém é o último. Todos comunicam do que viram e viveram. E todos saem lucrando amizades, segurança, entendimento...

 

Pax!!!

 


Se quiser, me escreva, partilhe sua experiência de fé, comente o artigo acima. Santa Teresinha, rogai por nós!

 

 

Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco
29/10/2012

 


PRAZO DE VALIDADE DAS PESSOAS

 

 

 

Estamos próximos ao dia de FINADOS (2 de novembro). A lembrança daqueles que costumeiramente ninguém nunca se esquece é fortalecida. Despertamos para a necessidade de prestar-lhes homenagens (uma vela, uma flor, uma prece, uma missa, uma lágrima...). Os que morrem deixam sempre algumas interrogações nos que ficam. Desde aquelas existenciais, às interrogações contingênciais e as psicológicas.

 

Não é de agora que vale a pena pensar. Nós, humanos, não nascemos com “prazo de validade” na pele. Compramos um pacote de arroz e lá está a data do seu vencimento. Compramos um pacote de bolachas e lá está o prazo de consumação. Compramos o pãozinho na padaria e uma etiqueta na gôndola avisa quando foi fabricado e até quando deverá ser consumido.

 

Pois é. Nós não temos essa etiqueta nem aviso nem nada. Estamos vivos. Sabemos que vamos morrer. Mas não está dado ao nosso conhecimento o momento para tal evento acontecer. Tanto assim que para a nossa morte não podemos convidar apenas os que gostaríamos nos vissem ali no esquife, sem vida. Podemos fazer uma lista, mas não podemos controlar a portaria.

 

Notícia de morte corre veloz e muita gente para tudo para fazer a última visitinha ao corpo sem vida. Aqueles que nunca encontram tempo para sair de casa – seja pelo trabalho, seja pela família, seja pela precariedade financeira, seja pela canseira, seja por quaisquer motivos se apresentam – param tudo e rumam para a terra daquele que agora jaz sem vida. Na modernidade, as distâncias não mais atrapalham tanto.

 

Quantos sentimentos a morte desencadeia. Os que creem devem se revigorar pela fé na certeza de uma vida que não se acaba. Se não temos o prazo de validade na pele, os cristãos tem um “prazo de validade na alma”: para sempre. Aquele que nasce em Cristo Jesus não morre nunca! A vida é apenas transformada de corpo mortal em corpo glorioso. Deixa a terra para a terra da promessa, a Jerusalém celeste, o céu.

 

Mesmo essa certeza não é suficiente para estancar todas as marcas de tristeza, de saudade e de outros sentimentos diversos. Quando amamos alguém e este nos falta, óbvio que sintamos sua ausência. O poeta-filósofo-profeta disse que os “amados não morrem nunca”. Mas o reaprender com essa ausência presente e presença ausente não é tarefa simplória. Exige empenho e tempo.

 

Uma palavra de Jesus a você que a pouco perdeu alguém querido: “não se perturbe o seu coração. Tenha fé em Deus! Tenha fé em mim também. Na casa do Pai há muitas moradas. Vou preparar uma para você. Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. (cf. João 14,1-6). Aquele que venceu a morte, nos dá vida nova, iniciada no batismo. Por isso, nascer com Cristo, com Ele viver, morrer e então com Jesus ressuscitar! Deus enxugará dos seus olhos todas as lágrimas! (Apocalipse 21,4)

 

Pax!!!

 

 

Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco

• no Santuário, celebraremos missa na sexta-feira, dia de finados, às 15h

25/10/2012

 


«Por que ir à Igreja?»

 

 

Não raro, nos deparamos com pessoas que mais e mais se perguntam “por que ir à Igreja?”. Há os que se apegam ao fator tradição religiosa ou religioso-familiar ou até pelo medo da condenação final e eterna (inferno) que ainda resiste no imaginário e até na pregação de alguns.

 

Se sou Igreja e tenho ciência disso, está mais que esclarecido o motivo pelo qual devo ir à “minha casa”, “casa de Deus”, “casa de irmãos” – a comunidade. Ali me alimento da Palavra e da Eucaristia, ali celebro os sacramentos e volto a comunhão com Deus pela confissão. O mistério é celebrado e aproximado. Somos introduzidos nele. De todo modo, vale a “piada” seguinte:

 

«Domingo de manhã, a mãe sacode o filho para que acorde, dizendo-lhe que está na hora de ir à Igreja. Sem resultados. Dez minutos depois, ela volta:

– Saía já da cama e vá para a Igreja!

– Não quero ir, mamãe. É tão chato! Por que tenho que ir, afinal?

– Por duas razões: primeiro, você sabe que tem que ir à Igreja no domingo e, em segundo lugar, você é o bispo!»

 

[hehehe]

 

E você, «por que ir à Igreja?»

 

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Além de «Hebreus 10,19-25», deixo uma sugestão de leitura: Do frade dominicano Timothy Radcliffe, o livro «Por que ir à Igreja?». Edições Paulinas.

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Pax!!!

Padre Sandro Rogério dos Santos

15/10/2012

 


ÚLTIMA SEMANA NA RÁDIO ONDA VIVA

 

 

Queridos, estou numa semana tensa e intensa.

 

Alguns anos na Rádio Onda Viva – emissora da diocese de Presidente Prudente – coordenando a programação e apresentando programas, agora é hora de “vender tudo”, “abandonar barcos e redes” e... partir. A decisão está tomada e não há revisões e reparações.

 

Esse tempo me foi de profícuo aprendizado, especialmente na disciplina diária. Estar ali no estúdio a cada dia (todos os dias) com chuva ou sol, frio ou calor... e estabelecer sintonia com os ouvintes (sem saber ao certo quem e quantos são!). Fazer parte de suas famílias.

 

Desenvolvi alguns dons, a mim dados pelo Senhor – eu O louvo por isso!!! Tenho outros dons que agora devo fazê-los render também.

 

Aos que me aceitaram (e aceitam) como sou, resta agradecer e me comprometer em oração. Aos que resistem a minha pessoa ou a mensagem que anuncio, resta-me agradecer pela sinceridade e me comprometer em orações.

 

Continuarei pároco do santuário diocesano Santa Teresinha do Menino Jesus em Presidente Prudente e celebrando missas no Colégio Cristo Rei. Ainda, manterei as colunas semanais nos jornais Oeste Notícias e O Imparcial.

 

No mais, a vida está à disposição de Deus e da Igreja... afinal, desde minha ordenação diaconal eu afirmo “só por ti, Jesus” eu quero me consumir.

 

A tensão a que me referi no início se deve às consequencias das mudanças. Sempre desajustam (para novamente ajustar). Então, é isso. Na sexta-feira, 19/10, será o último dia da minha locução no programa Conexão Viva.

 

Fique bem!

Pax!!!

 

 

Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco
12/10/2012

 


SOU UM FILHO DE DEUS, DEVOTO DE MARIA - MÃE DO FILHO DELE, QUE TAMBÉM É DEUS


 


 


Hoje o que mais quero é manifestar a minha fé em Deus e o meu amor àquela que o Senhor escolheu para ser mãe do filho seu. Não queria ter que excluir comentários dos “sábios e entendidos” da Bíblia que não respeitam a minha compreensão da mesma, única e santa palavra de Deus.


 


Não me chamem de querido para depois me dizer “idólatra”. Não me chamem de irmão para depois me dizer “anátema”. Não me chamem daquilo que o seu coração não está cheio para só então mostrar “o que nele há”. Aqui neste espaço, todos são bem-vindos, mas “ofensas” a minha fé católica aceito apenas “in box”.


 


Recorro humildemente àquela cujo Anjo Gabriel se apresentou em nome do Senhor para propor fosse a Mãe do Filho de Deus – que também é Deus! Imploro pelas necessidades de nossa gente brasileira, pátria amada e querida, mas cheia de corrupção – e que a exemplo dos cupins vai carcomendo por dentro a vida do país.


 


Ó Imacula Virgem Maria, rogai por nós. Quando em Caná podíeis ir aos religiosos de então, fostes ao vosso Filho, Jesus Cristo – meu Senhor – e a Ele cheia de confiança apresentastes a necessidade daqueles noivos. Hoje, apresentai as nossas necessidades ao vosso filho. Continuai a nos lembrar: “fazei tudo o que ele vos disser”.


 


Ó Mãe, que o nosso amor por vós seja suficiente para acolher-vos em nossa casa e desta levá-la ao coração e a vida do mundo. Não tanto pela imagem tão belamente esculpida por artistas, mas sendo imagem e semelhança de Deus, gravada na alma e no coração. Rogai por nós, agora e na hora de nossa morte. Amém!



Celebremos em família e na comunidade.


 


Fique bem.


Pax!!!


 


padre Sandro Rogério dos Santos


pároco


 


e-mail padre@santuariosantateresinha.com


 


 

04/10/2012

 


Festividades da padroeira

 

 

 

A festa passou. Foi maravilhosa. Quanta graça! Deus seja louvado!

 

Uma festa espiritual. Alimento para o cotidiano. Sem dúvida, um dia especial na vida dos paroquianos e devotos... um dia especial para quem vivenciou a novena “a vida cotidiana é um caminho simples de santificação”.

 

Teresinha é uma escola de vivência do evangelho, sua vida transparece confiança humilde em Deus e amor imenso a Jesus. Teresinha continue nos inspirando um jeito especial de traduzir e viver o evangelho: simplicidade, sem enfeites, apenas sinceridade e verdade.

 

Obrigado a todos os que participaram e nos ajudaram nestes dias de novena e festa da padroeira. Gostaria de destacar algo fundamental para que as coisas funcionem bem. Na verdade, duas coisas que estão profundamente imbricadas: AMOR e ZELO.

 

A comunidade está crescendo a olhos nus. E o principal que sinto e vejo é o amor com que alguns paroquianos realizam o trabalho voluntário. O amor se traduz em ZELO. Fazer por amor, não para ser visto ou reconhecidos pelos outros.

 

Na Palavra de Deus encontramos "O zelo pela tua casa me consome" (cf. Salmo 68,10; João 2,17). É isso que todos testemunhamos no nosso santuário diocesano. Pessoas zelosas, trabalhadoras da vinha do Senhor por causa do amor!

 

Fico a me perguntar como poderei retribuir tanto bem que essa gente faz a mim e aos outros. E como resposta, apenas, preces ao Pai para que não desfaleçam na fé nem se deixem levar por tolas vaidades. Sem citar nomes, reforço que o nome de cada um está inscrito no céu.

 

Santa Teresinha, intercede por nós e do céu envia-nos uma chuva de rosas. Amém!

 

Pax!

 

 

 

 

Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco

 

(Se quiser falar comigo, envie um e-mail para padre@santuariosantateresinha.com)
03/09/2012

Bíblia, uma carta de amor do Pai



 Leia a Bíblia. Reze a Bíblia. Estude a Bíblia. Ela contém a Palavra divinamente inspirada e por meio da qual Deus vem ao seu encontro. Uma “carta de amor” do Pai dirigida aos filhos a ser acolhida e lida com amor filial. Para tanto, que a leitura seja lenta, atenta e amorosa. Aquele que inspirou os autores (humanos), agora inspira e atualiza os leitores (humanos). Se você já tem a Bíblia, leia. Se já tem e lê, procure compreender. Se já tem, lê e a compreende, viva. A vida do fiel é uma página viva do evangelho espalhada pelos cantos do mundo. Muitos leem a Palavra de Deus “lendo” a sua vida. Que a vida não seja, portanto, um “garrancho” mas uma caligrafia cuja mão divina redige a sua presença na história humana.


A leitura da Bíblia urge como prioritária em tudo o que se refere a vida do fiel. As orações, as reuniões e os encontros de catequese permanente (de crianças, jovens e adultos, também por meio das homilias) precisam ser impregnados pela palavra de Deus. Desde o Concílio Vaticano II (a completar 50 anos no próximo mês de outubro), abriu-se uma ampla janela para o florescimento de uma pastoral bíblica nas comunidades da Igreja (especialmente o vemos no Brasil). O espaço, então “vazio”, foi ocupado e valorizado como condição fundamental na vida e na missão da própria Igreja. Fala-se em pautar toda a ação pastoral pela inspiração bíblica. Em toda e qualquer atividade da pastoral a Bíblia fundamenta, ilumina, explica, impele...


Os cristãos hoje são o mesmo e único povo de Deus. A Igreja, herdeira da tradição do primeiro e do segundo testamentos, prolonga a ação divina no mundo e tem a função magisterial para guardar o tesouro da fé e ensiná-lo, distribuindo-o gratuitamente. Passados 50 anos da nova postura da igreja com relação às Sagradas Escrituras, vê-se que o desejo ressurgido no coração católico fez com que as comunidades se reunissem em grupos (de famílias, quarteirões, setores, CEBs e nas igrejas) para ouvir, rezar, estudar e se comprometer com a mensagem bíblica.


O Mês da Bíblia surgiu em 1971, por ocasião do cinquentenário da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG). Foi levado adiante com a colaboração efetiva do Serviço de Animação Bíblica – Paulinas (SAB), até posteriormente ser assumido pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e estender-se ao âmbito nacional. E surgiu com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da Bíblia, na ação evangelizadora da Igreja, no Brasil; criar subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação; e facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades.


A Comissão Episcopal Pastoral Bíblico-Catequética da CNBB, que anima o estudo bíblico definiu que nos próximos quatro anos (2012-2015) serão estudados os evangelhos de Marcos (2012), Lucas (2013) e Mateus (2014), conforme a lógica do Ano Litúrgico, finalizando com o evangelho de João em 2015. Quer-se assim reforçar a formação e a espiritualidade dos agentes e dos fiéis por meio do seguimento de Jesus no estudo dos quatro evangelhos. Junto com este objetivo não se descuida da Missão Continental que pede a Conferência de Aparecida, no esforço de uma Nova Evangelização proposta pelo papa Bento XVI.


Claro está que o mês da bíblia não esgota o interesse pela Palavra de Deus; também não excluí cursos e ações nos outros meses do ano, mas quer marcar vivamente a atividade eclesial com essa fundamentação sem a qual não poderíamos congregar em nome do Senhor. Insistimos que este mês da Bíblia tem contribuído para que a Pastoral seja cada vez mais bíblica. Não uma pastoral da bíblia, mas toda a pastoral inspirada, orientada, fundamentada e embebida da Palavra de Deus.


 

 

Pela vida, sempre!

Pax!!!

 

Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco




Se quiser falar comigo, envie e-mail para padre@santuariosantateresinha.com
27/08/2012

:: pétala de rosa ::


 


Em tudo amar e servir. O projeto de Deus é salvador. E a vida comunitária também está em vista deste projeto de amor salvador. Somos continuadores da obra divina. Cristãos, isto é, “outros Cristos” no mundo. Deus não quer trabalhar sozinho. Ele nos ama e nos chama para servi-lo, servindo aos irmãos e às irmãs – gente de todo tipo, objeto da sua predileção. A missa é a oração perfeita da vida cristã, embora não exclua nenhuma outra forma de colóquio com o Senhor. Vir a Igreja é procurar por Aquele que continuamente nos procura. É deixar-se encontrar e, nesse encontro, deixar-se transformar. A força do amor é imensa. Acreditar nesta força é condição necessária para aceitar e viver a vontade de Deus. Eu desejo que a sua vida seja plena da Graça. Que a sua família seja sinal do amor no meio do mundo, ainda marcado por tanta violência e desamor. A sua presença entre nós reforça os laços gerados pelo Espírito e por este confirmados na intimidade dos corações. Peço a Santa Teresinha interceda por você, pelos seus e por todos deste Santuário diocesano cuja devoção especial a ela é dedicada. Uma chuva de bênçãos seja derramada sobre nós, especialmente neste tempo seco (por falta de chuva) e por falta de amor. Um abraço de paz!





Padre Sandro Rogério dos Santos

Pároco
(fale comigo padre@santuariosantateresinha.com)





(26/8/2012 - Mensagem aos paroquianos do Santuário diocesano Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face - jardim Maracanã, Presidente Prudente - www.santuariosantateresinha.com)

01/08/2012

:: APEGOS E PRAZERES:: Do mesmo jeito como aquele homem chegou feliz e saiu triste do encontro com Jesus, vejo pessoas saindo “tristes” ou das celebrações ou da orientação espiritual. Nem todo mundo gosta de ser “desmascarado”. Nem todo mundo gosta que lhe digam o que fazer. Nem todo mundo tem paciência para ouvir e agir naquilo que lhe tem feito mal. O jovem “muito rico” conhecia os mandamentos desde criança, mas não era (ainda?) capaz de ir e vender tudo para, doando aos pobres, voltar e seguir ao Mestre. Vivemos acumulando coisas e tentamos ajustá las ao discipulado. Vivemos desejando aumentar o próprio celeiro, mas logo nos será pedida a vida e o resultado daquilo que com ela fizemos. Bom será cultivar amigos e pessoas adequados. Aqueles que estarão nas horas e lugares certos. Que ninguém se iluda. Nem todos os que festejam conosco estão nos causando ou propondo felicidade, senão somente alguns fugazes momentos de prazer. E, nem só de prazer viverá o homem (mesmo que a sociedade hedonista apregoe isso como verdade absoluta!). Aos que nos fazemos discípulos de Jesus, o prazer está em ouvir a sua Palavra e dela se fazer aprendiz. “O meu prazer encontro na lei de Deus e a medito dia e noite sem cessar!” (cf. Sl 1 e 118). Que esta Palavra tome conta do nosso coração e transforme a vida interior e exterior. Sem medos ou titubeios. “Maior é o que está em nós do que o que está no mundo.” (1 Jo 4,4). Neste mês de agosto, VOCACIONAL, deixemo nos seduzir pelo Senhor. Ele nos conhece, ama e chama. Quando o que vivemos for resposta ao projeto de Deus, mesmo as tribulações serão oportunidade de servir, amar e adorar ao Senhor. Convido você a orar pelas vocações. Sejam todos tocados pela Graça e conduzidos pelo amor às águas profundas do mundo e de Deus. Um abraço de paz! ( Se quiser falar comigo, envie e mail para secretaria@santuariosantateresinha.com ) Padre Sandro Rogério dos Santos Pároco

31/07/2012
:: PRUDENTE O HOMEM QUE EDIFICA SOBRE A ROCHA



A diocese de Presidente Prudente está empenhada na realização do XX Congresso Nacional do serviço escola Encontro de Casais com Cristo (E.C.C.) a ter lugar nos dias 13 a 15 de julho no Salão do Limoeiro (Campus II da Unoeste). Evento de elevada grandeza que contará com imponente estrutura física e espiritual para acolher os cerca de 1040 congressistas (bispos, padres e casais coordenadores em suas respectivas dioceses) e que conta desde o ano passado com cerca de 1500 casais na sua organização.

A diocese prudentina, é sabido de todos, tem vasta experiência com o E.C.C. São mais de 25 anos de encontros nas diversas realidades pastorais, paroquiais (cidade e zona rural). Com a sua dinâmica própria, o E.C.C. quer despertar os casais e suas famílias para o engajamento pastoral, o serviço comunitário decorrente da fé.

As três etapas do E.C.C. revelam a dinâmica do despertar, formar e agir em missão: 1ª Etapa é o despertar para vivência no lar e na igreja; 2ª Etapa é a hora de atuar nas pastorais com conhecimento sólido da Fé (organizada nos Documentos da Igreja), isto é, formar a consciência da fé no ambiente da comunidade Igreja; 3ª Etapa é a hora de estudar os documentos sociais do Ensino Social da Igreja, hora do engajamento social e da transformação da sociedade a partir da fé. Isto é, o casal assume a missão de ser sal e fermento no mundo dando a este o tempero do evangelho, transformando as estruturas injustas que geram morte e impedem a vida de expandir se tal como desejo do Senhor Jesus que veio para que todo tenham vida em abundância (cf. Jo 10,10).

Desejando não estar plantando confusão em ninguém, assim vejo as etapas desse serviço escola. Das experiências que tive nas paróquias por onde passei, ressaltaria o valor de trabalhar com os casais e assim com suas famílias. Dar apoio e por eles ser apoiado. Sabemos que a medida que as famílias conseguem viver como pequena igreja doméstica, a igreja comunidade será uma grande família.

Ansiamos tanto que nossas comunidades sejam escolas de comunhão, de partilha do pão e do perdão, lugares da festa e da celebração. Ansiamos que a verdade se imponha sobre cada um e todos os homens e as mulheres de boa vontade. Como lemos nas páginas desta edição de Anúncio, dom Odilo afirmando, “há esperança” para a família. “Apesar de tudo, a família continua sendo uma grande “reserva de humanidade” e tem muita capacidade e energia para contribuir para o futuro da sociedade”, assegura o cardeal de São Paulo.

A nossa diocese acolhe os responsáveis pelo E.C.C. de todas as partes do Brasil, pois aqui fomos beneficiados por tão salutar iniciativa do padre Alfonso Pastore (na cidade de São Paulo, Vitória (ES) e depois em Paracatu (MG) como vigário paroquial do “padre Benê”, hoje, dom Benedito, nosso bispo e assessor eclesiástico nacional do E.C.C.). Do Oeste Paulista, desejamos revelar os frutos colhidos e semear novas sementes para que a colheita seja sempre mais frutuosa e o interesse pelo bem de nossas famílias não esmoreça jamais.

Rezemos: «Concedei, Senhor, que as famílias, a exemplo da Sagrada Família de Nazaré, sejam fiéis, sábias e prudentes, e edifiquem suas vidas fundamentadas na vossa Palavra.» Afinal, como diz o tema do XX Congresso Nacional, a “família é projeto de Deus” e “prudente é o homem que edifica a sua casa sobre a rocha (Mt 7,24)”, lembra nos o lema.

Pela vida e pela família, sempre!


• Padre Sandro Rogério dos Santos
• Pároco
30/06/2012
Que é o Papa?


Na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo padroeiros de Roma , celebra se também o Dia do Papa Pastor universal da Igreja e se faz a coleta anual para a caridade do Papa (Óbolo de São Pedro). Ensina o Catecismo da Igreja Católica que o Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro, “é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis... Com efeito, o Pontífice Romano, em virtude de seu múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui na Igreja poder pleno, supremo e universal. E ele pode exercer sempre livremente este seu poder.” (§882). O romano pontífice e os Bispos "são os doutores autênticos dotados da autoridade de Cristo, que pregam ao povo a eles confiado a fé que deve ser crida e praticada". O magistério ordinário e universal do Papa e dos Bispos em comunhão com ele ensina aos fiéis a verdade em que se deve crer; a caridade que se deve praticar, a felicidade que se deve esperar. (§2034)

A palavra Papa tem pelo menos dois significados. O primeiro, é a união de duas palavras latinas: PA ter e PA stor que se traduz como pai e pastor. Chamamos o Papa de pai no sentido que o termo foi dado a São José, “pai adotivo” de Jesus. O Papa é o pai que cuida dos filhos de Deus, lhes entrega o alimento espiritual e ensina a reta doutrina revelada diretamente pelo Espírito Santo a sua pessoa através da autoridade dada por Jesus (cf. Mateus 16,19). O pai segundo o costume judaico e também hoje na Igreja Católica é o chefe e o pilar onde a família se sustenta para não cair nem se dividir (pena que nossos exemplos familiares careçam de ser o que são). Além de pai, temos a palavra pastor, que faz referência a ordem de Jesus dada a Pedro logo após sua ressurreição (cf. João 21,15 17). Pedro é colocado como pastor chefe com a missão conferida por Jesus de “apascenta as minhas ovelhas” mesmo sendo Ele, Jesus, o Bom Pastor (Jo 10,11). Jesus constitui pastores para cuidar do seu rebanho (Ef 4,11).

O outro sentido dado à palavra Papa é ainda mais esclarecedor e revela a nossa fé na autoridade dada por Jesus em Mateus 16,18 19, onde cada palavra tem um significado vindo do latim: P etri; A postoli; P ostestatem; A ccipiens que significa: o que recebe o poder do apóstolo Pedro, isto é, sua autoridade e as chaves do Reino. Isto pode ser conferido em Santo Ireneu de Lião (+202): “Depois de ter assim fundado e edificado a Igreja, os bem aventurados Apóstolos transmitiram a Lino o cargo do episcopado... Anacleto lhe sucede. Depois, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, é a Clemente que cabe o episcopado... A Clemente sucedem Evaristo, Alexandre; em seguida, em sexto lugar a partir dos Apóstolos, é instituído Sixto, depois Telésforo, também glorioso por seu martírio; depois Higino, Pio, Aniceto, Sotero, sucessor de Aniceto; e, agora, Eleutério detém o episcopado em décimo segundo lugar a partir dos Apóstolos” (Contra as Heresias III,2,1s).

Assim, rezemos pelo Santo Padre o Papa Bento XVI que o Senhor escolheu para ser o guia da sua Igreja. Vida longa ao Santo Padre!
06/06/2012
EUCARISTIA

• No ano litúrgico, o dia eucarístico por excelência é a quinta feira santa. Na “última ceia” véspera de sua morte Jesus, reunido com os seus discípulos, tomou o pão em suas mãos, deu graças ao Pai, partiu o pão e o entregou aos seus amigos, dizendo: “tomam todos e comam; isto é o meu corpo”. Naquela mesma ceia derradeira, Ele tomou também o cálice com vinho, novamente agradeceu ao Pai, e passou o cálice aos discípulos, dizendo: “tomam todos e bebam; este é o cálice do meu sangue; sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por muitos”. Ao final, o Senhor Jesus recomendou “façam isso para celebrar a minha memória” [ cf. Mt 26,26ss; Mc 14,22ss; Lc 22,19ss; 1 Cor 11,23ss ].

( aqui no site do Santuário, leia na seção artigos «Teresinha e a Eucaristia» )


• O caráter de Paixão e Morte não permite manifestar com entusiasmo a alegria do acontecimento. Mas tão nobre ele se revela, a Igreja determinou um dia após a páscoa para oficialmente sair com Hóstia Consagrada (transubstanciada em Corpo do Senhor Jesus) pelas ruas das cidades para manifestar a publicamente a sua fé na presença real de Jesus na eucaristia. É o chamado “Corpus Christi” neste ano, quinta feira 7 de junho. Em Presidente Prudente, o lema é “que a família celebre a partilha do abraço e do pão”.

• A missa principal será às 8h no pátio do Santuário diocesano de Nossa Senhora Aparecida, na Vila Marcondes, seguida da procissão pelas avenidas Washington Luiz e Cel. Marcondes, até a praça Mons. Sarrion (Catedral) onde o bispo diocesano, dom Benedito Gonçalves dos Santos, dará a bênção do santíssimo sacramento. O gesto concreto para quem participa das celebrações é doar material de limpeza e higiene que serão entregues às instituições de caridade da cidade.

• Aqui no Santuário diocesano Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face será celebrada missa no horário de costume, 19h30. Lembrando que não faremos procissão do Santíssimo, pois em lugares como a nossa cidade com mais de uma paróquia, faz se apenas uma procissão.

• Por falar em procissão, a nossa comunidade se mobilizou especialmente a catequese, mas não só! para a confecção de parte do tapete ornamental a ser montado na Avenida, Washington Luiz, com o tema da Campanha da Fraternidade 2012 “Fraternidade e saúde pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra! (cf. Eclo 38,8)”. As mulheres da comunidade capricharam no serviço. Vamos vê lo durante a caminhada eucarística.

• Por fim, amigos e amigas, recordemos que a família se alimenta da eucaristia. Os idosos, homens e mulheres, se alimentam da eucaristia. Os adolescentes e jovens se alimentam da eucaristia. A Igreja faz a Eucaristia e a Eucaristia faz a Igreja. Professemos publicamente a nossa fé neste grande e sublime dom que o Senhor Jesus deixou para nós. «Graças e Louvores se deem a todo o momento ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!»

Pela vida, sempre!
Pax!!!

Padre Sandro Rogério dos Santos
Pároco
07/05/2012
MAIO É MÊS MARIANO

«Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Não se afaste Maria da tua boca, não se afaste do teu coração; e, para conseguires a sua ajuda intercessora, não te afastes tu dos exemplos da sua virtude. Não te extraviarás se a segues, não desesperarás se a invocas, não te perderás se nela pensas. Se Ela te sustiver entre as suas mãos, não cairás; se te proteger, nada terás a recear; não te fatigarás, se Ela for o teu guia; chegarás felizmente ao porto, se Ela te amparar.» (São Bernardo, Hom. 2 sobre “missus est”, 7)



Nossa Senhora é uma escola de virtudes. A jovem Virgem de Nazaré nos ensina muitas coisas. Especialmente a sua docilidade ao Senhor. Ensina nos a estar sempre prontos para a manifestação de Deus em nossa vida e para acolher a sua proposta que desinstala mas sempre gera vida. A Virgem Maria também nos ensina a servir. Não se pode viver em comunhão com Deus e procurando agradá lo em todas as circunstâncias se não se aprende a servir ao outro, a todo e qualquer outro.

Na escola de Maria temos ainda a humildade, a bondade, a verdade, a serenidade, a confiança, a disponibilidade, o silêncio, o reconhecimento da grandeza e do lugar de Deus em sua vida e na vida de todas as pessoas. Maria foi tornada grande, especial entre todas as mulheres. Mérito de Deus que a preservou e a preparou para ser mãe do Filho seu. Hoje louvamos Maria e dela buscamos a singeleza, a pureza e a beleza. Maria é doce e pura, Mãe imaculada, Rainha admirável, nossa advogada, fiel intercessora para que não falte o vinho da alegria na festa da nossa vida.

Queridos, não separe o teu carinho a Maria do amor a Jesus Cristo. Não há melhor presente à Virgem Maria que o nosso seguimento e a nossa confiança em Jesus. O encontro com Maria passa necessariamente pelo ser discípulo de Cristo. “Felizes os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática”. Se irmãos do Senhor são aqueles que escutam e praticam a sua Palavra, como não reconhecer em Maria essa figura? Maria se pôs a serviço da Vontade de Deus, submetendo se absolutamente ao Seu divino querer. E, ainda que uma espada de dor transpassasse o seu coração, dela só saia amor.

Contemplamos o amor na figura de Maria. Amor no assentimento da anunciação. Amor no zelo pelo menino que saído do seu ventre “crescia em estatura, sabedoria e graça”. Amor na discrição em participar da vida pública do Filho (“Eles não tem mais vinho”; “fazei tudo o que Ele vos disser”). Amor em acompanhar até o último instante os passos do injusto julgamento que levou o nosso Rei “Caminho, Verdade e Vida” e que “passou pelo mundo fazendo o bem e curando a muitos” ao patíbulo da cruz.

Amor manifestado quando acolheu em seus braços o corpo sem vida do Filho de Deus, gestado no ventre imaculado, e ali ofereceu a sua vida. Amor retribuído com amor quando o Filho dá Maria como Mãe de João e João como filho de Maria. Em João, nós também, somos filhos de Maria. Nós também formamos o corpo imaculado do Senhor que é a Igreja. Maria, figura da Igreja. Maria, mãe da Igreja porque mãe do corpo de Cristo que é a Igreja. Maria, mulher forte do evangelho. Maria exemplo seguro para os que se decidem pelo discipulado de Jesus. Maria, simples assim. Um nome. Uma história. Uma vida. Maria, rogai por nós, agora e na hora de nossa morte. Amém!

Padre Sandro Rogério dos Santos
Pároco
21/04/2012
Ressurreição: Vida Nova

Páscoa é ressurreição...
E ressurreição é:
Passagem... Mudança... Renascer...
Passar é sair do lugar, da rotina...
Mudar é transformar...
Trocar uma vida gasta e empoeirada por um modo de ser e de viver...
Renascer é um recomeçar...
É “ser de novo”
De aniquilar a rotina e de recomeçar...
Por isso seja de novo...
Recomece!
Agora é o tempo e a hora...

Feliz recomeçar! Feliz libertar se! Feliz Páscoa!
27/03/2012
SEMANA SANTA 2012
«Com Jesus, subamos a Jerusalém para a Páscoa!»

Meus queridos, «a Semana Santa, que inclui o Tríduo Pascal, visa recordar a Paixão e a Ressurreição de Cristo, desde a sua entrada messiânica em Jerusalém» (cf. NALC, n.31).

Aqui no site, nos destaques ao lado, segue o programa de celebrações desta especialíssima semana em nosso Santuário Diocesano.

É, sem dúvida, o momento mais intenso, oportuno e fértil da nossa fé cristã católica. O convite está feito. “Com Jesus, subamos a Jerusalém para a páscoa!”

Em comunidade celebremos a nossa fé e manifestemos o amor com que Deus nos cumulou em seu Cristo. Expressemos em gestos e palavras a certeza do triunfo pascal.

Não fomos feitos para “sexta santa” nem para o túmulo. Fomos criados para o coração de Deus, o domingo da páscoa, o céu. Sabemos que não há glória sem calvário e que não há ressurreição sem morte. Desejamos a vida. Ansiamos o céu.


Em tempo, segue um ::CONSELHO::

Um dos meus conselhos costumeiros para bem participar das celebrações durante estes dias é descansar (!). Ir à Igreja com o coração tanto quanto com os ouvidos abertos, atentos e disponíveis. Ir com vontade de vivenciar os acontecimentos litúrgicos como eles são: um memorial, isto é, a atualização do evento Cristo e dos seus passos em nossa terra. Deixe as preocupações caseiras com comida e limpeza para casa. Não se vista com roupas bonitas e modernas, mas desconfortáveis. Verifique se as crianças estão confortáveis, se se alimentaram, se foram ao banheiro. Quanto mais distrações você evitar, mais proveitosa será a celebração. As mulheres tem um sofrimento adicional com as suas bolsas (nem sempre pequenas). Bíblia, folheto, livro, palmas, ramos, velas... não se esqueça de andar com o essencial. Tudo o que favorece pode também atrapalhar.

Unidos ao Senhor e aos irmãos, caminhemos pois!
Pax!!!

Padre Sandro Rogério dos Santos
Pároco
09/03/2012
SETE DESERTOS QUARESMAIS

Faz alguns anos, meditando a partir dos escritos de um sacerdote espanhol , sintetizei algumas de suas inspirações no texto que ora apresento. Revisitando os arquivos, encontrei o e acredito seja tão oportuno outra vez divulgá lo.

1. SILÊNCIO. Para que Deus fale e para que nós falemos um pouco menos. “A palavra é prata, porém o silêncio é ouro”.

2. SOLIDÃO. Para perceber a voz de nosso coração e de nossa consciência. “Na solidão nos entendemos, conhecemos e até nos questionamos”.

3. NUDEZ. Para deixar Deus nos envolver e nos pintar com as cores da sua presença. “A nudez nos arranca do exterior e nos reveste interiormente”.

4. ATENÇÃO. Para compreender e nos perguntar o que o Senhor quer de nós. Para não nos distanciarmos do caminho verdadeiro. “O melhor presente que podemos dar a Deus e a qualquer pessoa é a nossa atenção”.

5. DESPRENDIMENTO. Para avançar mais rápidos pelo melhor e melhor acolher o Evangelho. “Não pesa o ter, muitas vezes o que freia a felicidade é o desejo de acumular e não dar”.

6. ORAÇÃO. Para conhecer mais a Deus e nos deixar seduzir menos pelo mundo. “Sem oração o homem fica sem uma chave para o dia e sem um farolete para a noite”.

7. CONTEMPLACÃO. Para agradecer a Deus pela sua bondade, sua mão e suas obras. “Na contemplação, o homem aprende a valorizar a vida em si mesmo”.

A quaresma é um cofre do qual vamos tirando estas jóias tão preciosas como escassas: silêncio, solidão, nudez, atenção, desprendimento, oração e contemplação. Para que? Para conviver com alegria e fé transbordante a próxima Páscoa.


Um abraço de pax!
Padre Sandro Rogério dos Santos
Pároco


[ fonte de inspiração Javier Leoz]
24/02/2012
Meu amigo, minha amiga,

• A vivência da fé é prato diário a ser degustado em família e na solidão do próprio quarto. A Igreja, mãe e mestra, vai nos orientando alguns passos que facilitam o processo da conversão tão necessária para todos nós, filhos e filhas de Deus. O tempo da quaresma é a oportunidade especial para mergulhar na intimidade divina. As práticas evangélicas do jejum, da esmola (Caridade) e da oração vão restabelecendo as relações estropiadas pelo pecado. Elas nos colocam em nova sintonia conosco, com o outro e com Deus. De todo modo, gostaria de propor um questionamento, conforme segue.

• Num mosteiro, havia um gato que cada vez que os monges iam para a meditação entrava na capela e passando pelo meio deles os distraiam; por esse motivo o mestre ordenou que diariamente na hora da meditação prendessem o gato numa árvore. Quando o mestre morreu, seu sucessor continuou com esse costume; e quando morreu o gato os outros monges se viram na necessidade de arranjar um novo gato para continuar com a tradição de amarrá lo ao tronco da árvore.

• Assim acontece com muitos nos dias atuais. Costumes e tradições são seguidos e fazem outros os seguirem, mas não se sabe ao certo o motivo pelo qual se age “assim ou assado”. Há muito de farisaísmo nas práticas externas desprovidas do verdadeiro sentido daquilo que se faz. Na quaresma, a Igreja exorta a práticas que estimulem e exercitem o fortalecimento da fé e da vida interior.

• Pena que muitos farão as práticas exteriores sem se questionar “a vida interior, como vai?” Que tal o jejum de si mesmo? Considerar o outro em primeiro lugar ao invés do eu primeiro. Jejum agradável a Deus, praticar a justiça! Oração agradável a Deus, conversa intima entre amigos, irmãos, pai e filho! Esmola agradável a Deus, dar porque o outro precisa não porque lhe sobra. O Pai que vê no secreto dará a recompensa a quem agir conforme a sua santa palavra.

» Aqui no Santuário diocesano Santa Teresinha do Menino Jesus haverá atendimento comunitário das confissões individuais no dia 15 de março, às 19h30 (iniciando com a missa). Examine a sua consciência à luz da Sagrada Escritura e traga os seus pecados, o coração contrito e o propósito de mudança. Nenhum pecado (senão o fechamento a Ele) é maior que Deus. Deus é maior que o nosso coração. Deus é maior que o nosso pecado. Deus é maior no exercício da misericórdia. Aliás, Ele é em Jesus misericórdia encarnada. Freqüente a fonte!

Rumo à Páscoa, sempre em frente.
Pax!

Padre Sandro Rogério dos Santos
Pároco
13/02/2012
Meus amigos e amigas, estamos no mês de fevereiro. Temos tantas coisas por fazer e viver. Em meio a tantas e todas elas precisamos eleger as essenciais. Há coisas que não podem esperar. Há decisões que não merecem um dia de procrastinação. E há infinidade de situações que terão o seu tempo para ser consideradas.

Retomamos o ritmo pastoral paroquial. Reuniões, formações, celebrações. Catequese, quaresma... Abra se ao espírito litúrgico destes dias. Ampare se no Senhor. Ele é a nossa rocha, fortaleza, proteção. Abrigo bem seguro. As nossas celebrações estão bem participadas. É grande o número de fieis que celebram em nosso Santuário Diocesano da querida Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face.

Eu, a exemplo da nossa padroeira, desejo que uma chuva de rosas seja derramada sobre a sua vida. No coração da Igreja, como Teresa de Lisieux, descubra a sua vocação: ser o amor. Amar engloba todas as coisas. Tudo sem amor é nada. E até mesmo o pouco com amor é tudo.


Destaques deste mês
:: inscrições para a catequese
:: retomada das reuniões formativas às quintas feiras após a missa das 19h30
:: missa da quarta feira de cinzas, início da quaresma e da campanha da fraternidade, às 20h
:: missa de abertura da catequese, dia 26 às 19h30


Bênçãos.
Pax!!!

padre Sandro Rogério dos Santos
Pároco
16/01/2012
Inspirações para o ano novo

Inspirado na FÉ CRISTÃ que me alimenta e movimenta, desejo manter o foco na Palavra do Senhor e a sintonia do meu coração e da minha alma na voz daquele que me ama e por isso me chamou para acompanhá lo a cada dia pelas estradas do mundo... rumo ao céu. Inspirado nos POBRES, desejo manter o meu coração confiante em Deus e o quanto mais necessitado dos outros. Saber precisar é prova da pobreza humilde cuja bem aventurança o Senhor destacou no seu evangelho.

Inspirado nos MÍSTICOS, desejo silenciar o quanto mais possível o meu interior. Nele Deus habita e a partir dele Deus se comunica comigo e com os que me rodeiam. Meu silêncio deverá ser rompido para proclamar tais boas novas. Ninguém saia da minha presença menor ou pior do que chegou!

Inspirado nos AMANTES DA VIDA E NOS DESLIGADOS DELA, não quero ir além do dia presente com os meus pensamentos. Mas quero no dia atual semear com a convicção de que nenhuma semente deixará de vingar a seu tempo, assim como hoje usufruo dos frutos semeados no passado por outrem. Cada dia deverá ser vivido como se fosse o primeiro, como se fosse o último e como se fosse o único (tudo junto e misturado: alegria, sabedoria e realização).

Inspirado no FLUIR DA VIDA, não desejo estagnar em nenhuma paragem, senão somente avançar com confiança naquele que me acompanha (Deus, família, amigos, paroquianos, ouvintes, leitores).

Inspirado nos PERDEDORES, quero lutar até o fim, sem entregar os pontos antes do apito final. Derrota suada também precisa ter gosto de vitória. O suor é sinal da luta, do esforço empenhado, mas por variegados motivos não alcançados.

Inspirado nos VENCEDORES, quero celebrar cada conquista, afinal todo dia (a cada dia) são muitas as “pequenas” vitórias das quais encheríamos um livro de tão grande quantidade e tão especial nobreza e beleza. Desejo “eucaristizar” cada momento e nele trazer Deus para o chão da minha vida e viver no coração Dele.

Inspirado no MESTRE, desejo amar sem limites e fazer da sua a minha vida. Minhas limitações serão vistas como desafios não como muralhas intransponíveis e impeditivas da realização da missão.

Haverão OUTRAS INSPIRAÇÕES durante o fluir dos dias. A vida é essa arte que a cada dia acrescenta um traço, um ponto, uma palavra ou frase... enquanto tiver o direito de viver terei a obrigação de fazê lo bem. Deus estará comigo, todos os dias, até o fim! Por isso, inspire se também e faça dos dias que lhe restam a oportunidade de conversão e de salvação. Deus abençoe você a cada dia deste novo ano.


Desejos de que o seu ano seja pleno da Graça de Deus e de Pax!!!


» Padre Sandro Rogério dos Santos
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31/12/2011
TEMPO, TEMPO, TEMPO...

Tudo tem seu tempo.
Somos submetidos ao tempo.

Tempo, tempo, tempo.
O Tempo não para.
Há datas especiais para marcá lo,
mas nenhuma para pará lo.

Tempo, tempo, tempo.
Compositor de destino.

O tempo não volta. Apenas vai. Ele vai como o pêndulo que, diverso do que tantos pensam, apenas avança sem voltar. A sua “volta” é ida. Na história, filósofos afirmam que tudo flui. Não se pode entrar nas águas do mesmo rio duas vezes. O rio é o mesmo. Suas águas não o são. Tempo, tempo, tempo. Ele passa inexoravelmente. Ninguém foge de sua ação.

Tudo tem seu tempo. Sobre a terra e sob o céu há tempo e momento certo para cada coisa, nos ensina a sabedoria de Israel. E com o passar do tempo nos damos conta das suas verdades. Alegria tem tempo. Tristeza tem tempo. Vida tem tempo. Morte tem tempo. Goste se ou não. Aí ele está.

Nessa hora de transição de um ano a outro, é oportuno refletir sobre o tempo. Ele passa, foge e nos escapa. Mas podemos dar lhe sentido, pormo nos em caminho e semeando nossas boas sementes de verdade, de justiça, de paz dar lhe pleno cumprimento.

Para nós também agora é plenitude dos tempos. Amanhã não chegou. Ontem passou. Hoje é presente. Dádiva para ser “desembrulhada” e celebrada, vivida porque acolhida e partilhada. A vida não se restringe ao tempo, para os que crêem ela é eterna (fora do tempo).

Mas é bom não descuidar que o Senhor que habita a eternidade submeteu se também ao tempo. Veio para nos tirar da roda viva. Veio para nos devolver a realidade paradisíaca. Passado pelo tempo, nos livra dele. Garante nos eternidade e se com ele, feliz!

»» Agradecido pela companhia aqui nesta página e em nosso Santuário Diocesano de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, desejo revê lo durante o novo ano. Deus nos conduzirá pelos caminhos do amor, da justiça e da paz. Seremos outra vez desafiados a deixar o amor de Deus fecundar o nosso coração e a nossa vida dará seu fruto a seu tempo. Feliz e abençoado ano da Graça de Nosso Senhor de 2012.

Pax!!!
17/12/2011
“Tudo tem seu tempo!” (Eclesiastes 3,1)

Quando vejo as coisas dando certo, me lembro de que “Tudo é graça e misericórdia de Deus!”. Quando as coisas ficam emperradas e desafiam além da inteligência e da competência, a paciência, me lembro de que “Tudo é graça e misericórdia de Deus!”. Quando vejo a igreja cheia de pessoas e fervorosas na oração e sedentas na escuta da palavra, me lembro de que “Tudo é graça e misericórdia de Deus!”. Quando vejo que qualquer coisa (fútil mesmo) dispersa o rebanho e distancia da igreja as pessoas, me lembro de que “Tudo é graça e misericórdia de Deus!”. E, porque “Tudo é graça e misericórdia de Deus!”, ensejei ardentemente dizer lhes algumas palavras de a, de agradecimento, de bênção, de compromisso. As quais seguem:

» Às lideranças da comunidade, meu muito obrigado. Vocês têm sido fundamentais em todas as atividades até agora pretendidas, planejadas, executadas. Sei que não é simples “obedecer” com a mesma convicção no primeiro momento na hora da mudança. Mas sei também que quando se trabalha por causa do Reino de Deus essa “dificuldade” é imperceptível. E na verdade, todos nós precisamos obedecer em última instância ao Espírito Santo. Ele doador dos dons que sopra quando, como e onde quer... Somos guiados por Ele. (Aqui me lembro dos ministérios, dos serviços, dos movimentos, da administração, dos adolescentes e das crianças, dos setores e das liturgias).

» Aos devotos de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, minha estima. Aos poucos aprendo a profundidade da vida e a beleza das palavras de nossa querida santinha. O fervor do devoto põe fogo no mundo porque é cheio da viva palavra de Deus. Alegra o coração do padre e motiva para que nunca deixemos a caridade esfriar. Uma comunidade sem caridade é morta. Uma caridade sem Deus é fingida e autopromocional. Desejar ser como nossa querida santinha das rosas é desejar ser no coração da igreja o amor.

» Aos jovens, é bom vê los em tão significativo número em nossos encontros eucarísticos dominicais. Ainda sonho com a formação de um grupo que agregue a juventude para ser singular, diferente, algo bem apropriado ao nosso Santuário. Temos alguns se movimentando neste sentido. E temos muitos irmãos e irmãs rezando nesta intenção. Deus nos dará a graça em sua hora. Assim creio, professo e espero.

» Aos apressados e juízes, peço, paciência. Minha fé e dons são maiores que as minhas dificuldades e vícios.

Há muito que fazer. Aos poucos temos feito. Há gente chegando e gente partindo. Alguns com entusiasmo se unem a nós e nos ajudam no grande mutirão evangelizador. Alguns não se encontram mais em nosso meio. Deus os ajude a se encontrarem no seu divino e sagrado coração lugar de repouso, descanso e consolação.

Ao final destes cinco meses como paróquia, louvemos ao Senhor. Ele é bom! A sua misericórdia é sem fim! Ela alcança a todos os que o temem. O Emanuel, Deus Conosco para sempre, nasce na manjedoura de Belém. E pede para nascer em nós também. Sejamos acolhedores. O Natal nos ensina essa graça inestimável, estar abertos para o Mistério. Desejo continuar simples transparência do Mistério como seu servidor. Sei que Deus não nos faltará nem agora nem daqui a pouco, enquanto nos concede vida e oportunidade de conversão.

O pensamento que escolhi para minha ordenação diaconal foi “Sendo servo de todos a todos devo servir” (de São Francisco de Assis). Quero renová lo agora. Aqui no Santuário e na Diocese de Presidente Prudente, desejo humilde e sinceramente servir a todos. Com os dons e talentos que Deus me deu e com a saúde que me tem sustentado na existência, reforçando a minha fé e me dispondo aos mais sublimes eventos da sua Graça.

Pax!!!

Presidente Prudente, dezembro de 2011.

Padre Sandro Rogério dos Santos
Pároco
28/11/2011
SUGESTÕES PARA BEM CELEBRAR O ADVENTO

» As sugestões que ora apresento me acompanham há algum tempo. Agora, reelaboradas e acrescentadas. O objetivo é a cada ano lembrar me delas e lembrá las aos que me lêem e escutam. Caso você, leitor/a, tenha uma sugestão a acrescentar, me envie. Ficarei agradecido.

1 Arme o PRESÉPIO em família, especialmente se em sua casa há crianças. Não compre o presépio pronto. Monte o. Não peça para ninguém fazê lo por você; faço o em família. O mais importante é cultivar o sentimento que essa época desperta. É possível, por exemplo, inserir fotografias familiares na cena do presépio. Até mesmo uma foto do bebê na manjedoura. Afinal, ali foi o seu natal.

2 Acabe com uma briga. Faça as pazes. Procure um amigo esquecido. Elimine a suspeita e substitua a pela confiança. Escreva uma carta de amor. Nessa época de uso abusivo da internet (e mail e redes sociais), mais vale uma frase digitada do que milhares de mensagens produzidas por outros; escreva um bilhete, uma carta de próprio punho. A força do sentimento é curativa e transformadora.

3 Compartilhe um tesouro. Responda com doçura, ainda que desejasse dar uma resposta ríspida.

4 Motive um jovem a ter confiança nele mesmo. Mantenha uma promessa. Encontre tempo, dê se tempo. Não guarde rancor. Perdoe o inimigo. Celebre o sacramento da reconciliação (!).

5 Escute mais os outros. Peça perdão quando se equivoca. Seja gentil, ainda que não tenha feito nada errado! Procure compreender. Não seja invejoso. Pense antes no outro.

6 Ria um pouco. Ria um pouco mais. Ganhe a confiança dos outros. Oponha se à maldade. Seja agradecido. Vá à Igreja. Fique na igreja mais do que o tempo acostumado. (Quantos chegam atrasados e saem antes da bênção final).

7 Alegre o coração de uma criança. Contemple a beleza e a maravilha da terra. Expresse seu amor. Volte a expressá lo. Expresse o mais forte. Expresse o serenamente.

8 ALEGRE SE, porque o Senhor está próximo!

9 Celebre em família a NOVENA DO NATAL; reúna a família para recordar acontecimentos alegres e fundamentais para a própria história; visite alguém da família que por motivos adversos se distanciou ou ficou marginalizado;

10 Reserve uma oferta especial (com liberdade e sem constrangimentos) para a CAMPANHA DA EVANGELIZAÇÃO (cujo tema este ano é “Ele veio curar nossos males”); a coleta é realizada na Igreja do Brasil no terceiro domingo do Advento. Do seu “pouco”, muitas pessoas e comunidades serão beneficiados. O evangelho anunciado tem poder de transformação de vida e de realidades.

Feliz e abençoado tempo de espera da vinda do Salvador, em Glória na Parusia e na recordação natalina aos 25 de dezembro.

Pax!



[Publicado originalmente em padresandro.blog.uol.com.br]
27/11/2011
NOVO ANO LITÚRGICO

No dia 27 de novembro, a Igreja inicia o novo Ano Litúrgico com a celebração do 1º Domingo do Advento. Diferentemente do ano civil, com o Tempo do Advento, a Liturgia da Igreja inicia um novo ciclo para as leituras bíblicas dominicais, do ano B, no conjunto, marcadas pelo evangelista Marcos.

Se o ano A, em certo sentido, o ano eclesiológico (pela presença da teologia mateana da Igreja como verdadeiro Israel), podemos dizer que o ano B é, principalmente, cristológico, pois é caracterizado pela meditação de Marcos sobre o caráter messiânico de Jesus e do Reino que ele inaugura, ainda que de modo inesperado e não manifesto.

Marcos é também chamado o evangelho querigmático, porque nele transparece claramente a estrutura do querigma ou anúncio da atuação, morte e ressurreição do Cristo, como era proclamado no início da pregação cristã.

Conforme o Diretório para a vida litúrgica da Igreja do Brasil “O tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam se os corações para a experiência da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa” (n. 39).



TEMPO DE ADVENTO NO ANO B

O Advento do ano B parece caracterizado sobretudo pela idéia do encontro com Deus, a realização da promessa de sua irrestrita presença junto a nós. O primeiro domingo sugere uma atitude de preparação geral para o encontro com o Senhor, no fim dos tempos, no “último dia”. Isso, porém, nada tem de trágico. Pelo contrário, a liturgia transborda de confiante esperança: “Se rasgasses os céus!” A vinda do Juiz e Senhor da História não é, para os cristãos, a destruição da História, mas seu arremate. Os cristãos estão vigiando para, por sua dedicação aqui e agora, participarem do Reino transcendente.

O segundo passo do encontro é a conversão, ou seja, a transformação da vida, com vistas ao grande encontro final. A liturgia evoca aqui a pregação escatológica do Batista e as imagens “isaianas” da terraplanagem do caminho para o Deus libertador. No 3º domingo já ressoa a alegria por causa da presença de Deus, testemunhada pelo Batista e pelo arauto de Isaías 61, que anuncia a boa nova aos pobres. No 4º domingo o domingo de Maria são confrontados o “sim” de Deus (promessa) e o “sim” da pessoa humana (Maria, “Fiat”). Realiza se a promessa do Messias da linhagem de Davi, graças à disponibilidade da Serva. (Fonte: Franciscanos)


Vamos bem viver este tempo com olhar fixo no Senhor e o coração voltado para o Sol de Justiça que vem nos visitar.

Pax!
15/11/2011
EUCARISTIA, CRISMA, CONFISSÃO

O mês de NOVEMBRO para os membros da comunidade Santuário Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face está cheio de variadas oportunidades para experimentar a Graça Divina rompendo barreiras, resistências e fecundando seus corações. A “superabundante graça” é derramada sobre os fieis, especialmente, na CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA durante a semana ou no domingo que é o Dia do Senhor e é a atualização semanal da páscoa do Senhor. A eucaristia treina os fieis para a contemplação definitiva de Deus, na feliz eternidade, chamada céu.

Chamados ao banho regenerador da CONFISSÃO SACRAMENTAL, crianças, adolescentes e jovens receberão pela primeira vez o “Pão Vivo descido do céu” consagrado sobre o altar. Sabe se que a primeira eucaristia continua envolta de alegria, expectativas, fé e devoção. Assim como, sabe se que após o batismo, a pessoa ainda experimenta em seu corpo a fragilidade da sua condição humana. E que, mesmo apagada a mancha do pecado original, restam “pequenas” manchas do pecado atual. O a de São João é claro: “quem diz que não tem pecado está enganando a si mesmo e não está na verdade” (cf. 1Jo 1,8).

O ressuscitado comunicou aos discípulos a paz e o perdão (cf. Jo 21,21 23; Mt 28,20). Da mesma forma, o ministério eclesial com o poder de “ligar” e de “desligar na terra e no céu”, concede por meio do sacerdote o perdão e a paz. Restaura a saúde espiritual daqueles que por própria escolha optaram pelo distanciamento da Graça. Portanto, além da confissão em vista da primeira eucaristia e da crisma, toda a comunidade terá oportunidade de se confessar ao sacerdote em celebração comunitária e confissão auricular individual (que é o único meio ordinário para obtenção do perdão dos pecados no seio da Igreja).

Insistindo um pouco no sacramento da confissão, nos diz São João: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e purificar nos de toda injustiça” (1 Jo 1,8). Mas não somente no Novo Testamento a realidade da confissão está presente, Senão, vejamos “aquele que esconde os seus crimes não será purificado; aquele, ao contrário, que se confessar e deixar seus crimes, alcançará a misericórdia” (Prov. 38, 13). E “não vos demoreis no erro dos ímpios, mas confessai vos antes de morrer” (Ecl 17, 26).

Está claro que Jesus, Nosso Senhor, tinha o poder de perdoar os pecados, como se depreende de Mateus 9,2 7. Ele transmite esse poder aos seus apóstolos dizendo: “assim como o Pai me enviou”, isto é, com o poder de perdoar os pecados, “assim eu vos envio a vós”, ou seja, dotados do mesmo poder. Ademais, o livro dos Atos dos Apóstolos refere que quem se convertia “vinha fazer a confissão das suas culpas” (At 19,18).

O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO também será celebrado no Santuário Diocesano. Quão bonito ver a juventude assumindo a responsabilidade de assumir as “rédeas” da própria fé na sua vivência cotidiana. O que não deixa de ser um exercício sempre desafiador! A experiência da plenitude do Espírito Santo que desabrocha na alma e se transforma em fé viva e responsável naquele que foi “ungido”, “crismado” com o Santo Óleo da oliveira, consagrado pelo bispo na abertura do tríduo pascal.

Biblicamente o Espírito Santo tem dupla função: 1) a de dar a vida; e 2) a de levá la a perfeição. É possível traçar um paralelo entre páscoa e batismo, entre pentecostes e crisma. Páscoa é passagem enquanto o Batismo é a passagem do pecado para a vida da graça. Pentecostes é Mudança de atitude enquanto a Crisma é a mudança onde tornamos adultos na fé e comprometidos com a Igreja.

Assim, talvez, seja possível dizer que o Batismo constitui mais o aspecto estático (somos levados), ao passo que a Crisma expressa mais o aspecto dinâmico, evolutivo da vida cristã. Uma coisa é ser cristão simplesmente, outra coisa é chegar à plenitude da santidade; é evoluir, é tomar novo impulso, crescer constantemente na vida iniciada no Batismo. É a contínua busca da santidade. Não podemos permanecer semente, é preciso que a semente germine, cresça e dê frutos em abundância. (cf. Atos 8,14 19)

Diante de tanta beleza, louve ao Senhor. E inspirado no exercício da caridade orante de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, busque em tudo fazer a vontade do Senhor. Busque descobrir a sua vocação no coração da Igreja e colocar se ao serviço do Corpo Místico do Senhor do qual desde o batismo forma parte.

Com tanta Graça, fique bem!
Pax!!!


Padre Sandro Rogério dos Santos
Pároco
03/11/2011
» finados «

‎SAUDADE, SIM. TRISTEZA, NÃO.

° “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá.” (João 11,25)

° “A vontade do meu Pai é q todos os q veem o Filho e creem nele tenham a vida eterna; e no último dia eu os ressuscitarei.” (Jo 6 37 40)


Recordei me do aforismo na porta de um cemitério “Nós que aqui estamos por vós esperamos”. Como é bom saber que cemitério não é casa; e sim, apenas memorial.

Não fomos criados por Deus para terminar no cemitério (ou na Sexta feira da Paixão); fomos criados para o Domingo da Páscoa; para a ressurreição, para a vida, para o céu...

Fomos criados por amor para aquela realidade que “nem olho viu nem ouvido ouviu nem o coração humano jamais sentiu” (1Cor 2,9).

O céu não fica, mas começa aqui. No amor, no perdão, na partilha da vida. Céu é Deus no chão da vida da gente. Céu é a gente no coração de Deus.

Ainda, a pedagogia da morte nos ensina a levar apenas o essencial para a viagem da vida. E "Cristo, se quisesse, poderia não ter morrido. Não julgou, porém, dever fugir da morte como coisa inútil nem que nos salvaria melhor; evitando a morte. Com efeito, sua morte é a vida de todos... Não se deve lastimar a morte, que é causa da salvação do povo. Não se deve fugir da morte, que o Filho de Deus não rejeitou, e da qual não fugiu" (Do Livro sobre a morte de seu irmão Sátiro, de Santo Ambrósio, bispo. Apud Liturgia das horas, v. IV, p. 1.431s).

Que a bênção de Deus Pai, Filho e Espírito Santo desça e permaneça sobre você e sobre os seus amados. Pax!!!
18/10/2011
OUTUBRO E A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Outubro, além de missionário, é mês do rosário. Prática religiosa católica de contemplar os mistérios da salvação através das 200 contas nas quais se recitam especialmente a oração da “ave maria” completada com “pai nosso” e “jaculatórias”, em forma de dezenas, chamadas “mistério”. Vale lembrar que os mistérios do rosário estão divididos em quatro grupos: da Alegria (Gozosos), das Dores (Dolorosos); da Luz (Luminosos) e da Glória (Gloriosos).

Cada grupo religioso tem as suas práticas e assim também os católicos. O costume de rezar o rosário mariano vem da Idade Média quando a exemplo dos 150 salmos rezados pelos monges nos mosteiros, o povo pobre/simples/analfabeto oferecia 150 rosas a Nossa Senhora. Chamou se rosário por causa da prática do oferecimento de coroas de rosas aos soberanos. Dessa forma, rezar o rosário é oferecer uma coroa de rosas à mãe de Jesus, nossa Mãe, Senhora e Rainha.

O Beato João Paulo II acrescentou os mistérios luminosos, por isso, hoje as 200 contas, não apenas as 150 originais. Os mistérios do rosário contemplam a história da salvação a partir da encarnação de Jesus. São inspirações bíblicas e de algum modo quem reza o rosário frequentemente além de bom devoto mariano imerge no coração do mistério da nossa salvação.


>> A seguir, narro o fato pouco agradável que se passou comigo nesta semana.

Dia 12 de outubro festa da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida foi ocasião oportuna para constatar como os brasileiros estamos perdendo a capacidade da tolerância, do respeito a diversidade e como estamos nos despistando das nobres causas.

Na minha página do Facebook, por exemplo, postaram provocações, chamando a mim e aos católicos idólatras etc. Não sei se é bom dizer, mas não postei nada na página de ninguém. Apenas na minha.

PERGUNTO: em quê a minha fé católica ofende aos que creem diferente? Em quê as postagens bíblicas que citam Maria Cheia de Graça, mãe do Filho do Altíssimo, Jesus, bem aventurada entre todas as mulheres os ofende? Em nome da SUA verdade, vale à pena ofender, condenar... impor?

Se o mesmo e único Espírito nos habita, não seria hora de celebrar os pontos da unidade em lugar de martelar a diferença do outro?

Afinal, não me parece seja esse o testemunho sadio que o mundo espera dos que crêem no mesmo e único Senhor. Não me parece seja esse o caminho certo para quem deseja a comunhão e a paz.

Abaixo os fanáticos católicos, protestantes, espíritas ou quaisquer outros credos. Abaixo os fanáticos da política e do futebol. FANATISMO E FUNDAMENTALISMO fazem mal à saúde física, espiritual, comunitária e social.


Um abraço,

Pax!

Padre Sandro Rogério dos Santos
Pároco
05/10/2011
“A VIDA HUMANA NO PLANETA” é o tema da Semana Nacional da Vida (SNV) que acontece em todo o território nacional de 1º a 7 de outubro. Esta SNV parte da dinâmica de defesa da vida e começou a ser celebrada bem antes de sua oficialização pela CNBB em 2005. A Igreja, fundada sobre a Palavra de Deus, defende e instrui o homem como protagonista em favor da vida. Não é de hoje que os documentos da Igreja trabalham o tema da vida e sua defesa.

Nestes 30 anos da Exortação Apostólica Familiaris Consortio (FC), do Beato João Paulo II, percebemos claramente que Família e Vida são os dois grandes pilares da Igreja. “A Igreja é chamada a manifestar novamente a todos, com uma firme e mais clara convicção, a vontade de promover, com todos os meios, e de defender contra todas as insídias a vida humana, em qualquer condição e estado de desenvolvimento em que se encontre" (FC 30).

Com efeito, o anúncio do Evangelho da Vida é "particularmente urgente diante da impressionante multiplicação e agravamento das ameaças à vida das pessoas e dos povos, especialmente quando é fraca e indefesa" (Carta Encíclica Evangelium Vitae, 3), afirma o Beato João Paulo II, que foi um grande defensor da vida.

De modo pessoal, familiar ou comunitariamente, seja um defensor da vida. Nos dias da SNV assuma o compromisso de divulgar, rezar, participar de eventos em prol da vida. Especialmente no dia 7, véspera do Dia do Nascituro, em comunidade, reze a hora santa em favor da vida. Não podemos mais ficar indiferentes ao grito de milhares de vidas ceifadas sem o direito de virem à luz do dia. Clamemos aos céus misericórdia. Gritemos aos homens: basta!

Aqui no Santuário Santa Teresinha, vamos fazer da primeira sexta feira (7) Dia de Adoração ao Santíssimo Sacramento um dia de orações e reflexão pela vida. Das 6h às 15h (finalizando com a missa dos devotos de Santa Teresinha). Você é o convidado especial para essa jornada de orações pela vida.

Você de outra comunidade pode acessar o site diocesano (www.diocesepresidenteprudente.com.br) e conferir a programação e sugestões para bem celebrar esta semana. Iniciamos outubro, mês do rosário e das missões, que nos distingamos pela oração e o testemunho, forma permanente de missão em casa, no trabalho, na sociedade... A vida, especialmente a indefesa, reclama a sua atenção.

Pela vida, sempre!
21/09/2011
Teresinha: do Menino Jesus e da Sagrada Face!

Aos 26 de maio de 2011, dom Benedito Gonçalves dos Santos me comunicava a deliberação dele e do seu conselho de presbíteros a respeito da criação da paróquia Santuário Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, no Jardim Maracanã na cidade de Presidente Prudente, e a minha escolha como o primeiro pároco da comunidade. Fiquei surpreendido e agradecido. Logo procurei na minha biblioteca a literatura sobre a Igreja e sobre Santa Teresinha de Lisieux.

Meu primeiro contato com Teresinha do Menino Jesus foi ao primeiro ano de seminário. Havia um amigo devoto que aos poucos me fazia desejar conhecê la. Lembro me de que levei Teresinha a outras pessoas. Falava dela e procurava beber na sua experiência de vida cuja marca evangélica é preponderante. A primeira obra que li foi “não morro, entro na vida”.

A confiança e a entrega de Teresinha a Deus é algo fenomenal. O sofrimento foi intenso e constante. Não tinha consolações, mas por Deus tudo suportava. Desejava o máximo. Não queria ser meio santa, mas santa inteira. Assim, a sua vida exalou o bom odor de Cristo. Ao seu redor a graça fecundava vidas e as transformava. A santa das rosas era a santa da oração contínua por toda a Igreja, especialmente pelos missionários e no profundo do coração pelos sacerdotes.

O resumo de sua vida é o AMOR. No amor tudo ganha sentido, se renova, se transforma. Infelizes são todos aqueles que não amam. Quem não ama não suporta a dor e o sofrimento. Quem não ama não conhece a Deus. Quem não ama está no inferno da sua má escolha. Quem não ama vive no rancor, no ódio, no medo, na infidelidade... na ausência da luz.

Voltei a ler Teresinha. Voltei a contemplar esse coração que na Igreja deseja o máximo. E para ser o máximo descobriu a necessidade de ser ‘pequena’. Teresinha não chama atenção a si. Seria tão contraditório o ‘santo’ ser o centro. Ela leva os seus devotos a Jesus, o amado de sua alma. O divino esposo. Teresinha nos conduz ao centro do interesse: JESUS, só! Aos que buscam a rosa da promessa, mas não se comprometem a viver o evangelho, resta lembrá los de que tal devoção é falha!

Com Teresinha, aprendamos a acolher o mistério da vida. O Senhor encarnou se em nossa história (Menino Jesus) e o Senhor assumiu tão profundamente as nossas feições (Sagrada Face) que no Horto suou sangue, no calvário estava tão desfigurada a sua face. Desse mistério contemplamos o quanto Deus nos ama. Passa pela história para nos levar ao seu coração. No coração de Deus encontramos proteção, abrigo, vida! Dele nunca sairemos menores do que entramos.

Eu creio e professo. E você?
19/08/2011
Olá, amigo e amiga devoto de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada face e a você paroquiano de nosso Santuário Diocesano, alegria, bênçãos, graça e paz!

Participo das atividades da Jornada Mundial da Juventude na cidade de Madri, Espanha. De 16 a 21 de agosto, jovens dos cinco continentes se reúnem na ‘temporária’ capital nacional da juventude católica.

O Santo Padre o Papa Bento XVI chegou incentivando a juventude ao encontro pessoal com Cristo. E de coração aberto disse “nada nem ninguém lhes tire a paz”. Cristo é a nossa paz. Cristo é o caminho, a verdade e a vida. Nele somos, existimos, nos movemos e vivemos. Edificar a vida em Cristo. Enraizar a história em Cristo. Fundamentar a vida em Cristo.

Bento XVI expressa nos gestos e no sorriso uma grande alegria e perene felicidade. São mais de 450mil inscritos para a JMJ e mais de um milhão o número de peregrinos aqui nestes dias. A cidade está repleta. O calor intenso. Os lugares (todos) cheios. O cansaço, as demoras, a imprevisibilidade... nada atrapalha nem arrefece a força e a alegria juvenil.

Um verdadeiro arejamento na vida da igreja! A juventude chamada a se manter firme na fé. A não se deixar levar pela desesperança nem pelas ondas de nossa época: materialismo, hedonismo, medo, ateísmo, secularismo.

Rezemos juntos para que os frutos desta JMJ sejam abundantes e palatáveis a todos. Santa Teresinha interceda por nós que desejamos ser missionários de Cristo Jesus e do seu Evangelho que fecunda o nosso coração e o mundo inteiro.

A vocação de nossa querida padroeira, conforme sua própria confissão, é ser no coração da Igreja, nossa mãe, o AMOR. Sejamos amorosos uns com os outros. Acreditemos no poder do amor e na força do perdão. Tudo é graça e misericórdia. Nada escapa ao alcance da graça.

Fique bem.
Pax!
13/08/2011
ESPANHA REÚNE JOVENS DO MUNDO INTEIRO


De 11 a 15 de agosto, a Abadia de Montserrat (www.abadiamontserrat.net) em Barcelona Espanha acolhe um grupo internacional de escolas beneditinas (IBYC International Benedictine Youth Congress), formado por jovens dos cinco continentes: Tanzânia, África do Sul, Filipinas, Coréia do Sul, Áustria, Austrália, Alemanha, Canadá, Chile, Guatemala, Espanha, Inglaterra e Brasil. Durante quatro dias cerca de 330 jovens entre 15 e 17 anos mais alguns adultos (monges, professores, diretores de escolas) realizam workshops, caminhada pela montanha, orações e refletem sobre o sentido de ser peregrino nos dias de hoje.


Estamos às vésperas da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na cidade de Madrid (Espanha) nos dias 16 a 21, com a presença do Santo Padre o Papa Bento XVI (a partir do dia 18). Daqui, nos uniremos à grande multidão mais de 450 mil inscritos para os eventos e um milhão de pessoas esperadas para o evento final.


O tema da JMJ é uma passagem da carta de Paulo aos cristãos colossenses “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (capítulo 2, versículo 7). Dom Pedro Odilo Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo, explica que o apóstolo exorta os fiéis a não se deixarem abalar na fé em Cristo e a não se perturbarem com outros ensinamentos e propostas religiosas, ou não religiosas. “Fiquem firmes na fé em Cristo”, equivale a um apelo a não desanimar e a perseverar diante das dificuldades para ser cristãos. Ainda conforme dom Scherer “o tema aponta para o centro da vida cristã: nossa referência essencial a Cristo. Ser cristão é ser discípulo de Cristo; é estar ligado a ele com uma relação estreita e vital; é receber dele a vida nova, mediante a fé e o batismo.”


O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi lembra que esta será a terceira edição da JMJ com a geração digital. “Vamos a Madri com o papa, com a consciência de enfrentar um novo e grande desafio: anunciar Cristo a esta geração de jovens do século XXI”, afirmou.


O Cardeal, ao final de sua mensagem, garante “graças a Deus, não há só carentes e sedentos de fé em nossos dias, mas também testemunhas, que a vivem alegremente. Em Madri veremos muitos jovens, firmes na fé!”


“Firmes na fé” estamos aqui para testemunhar que há muitos jovens interessados na proposta de Jesus Cristo e dispostos a Lhe darem a vida se necessário. Muito diferente de outros tempos é a manifestação cultural, mas como sempre em todos os tempos, é semelhante a convicção e o amor ao evangelho e à Igreja. Viva a juventude cristã!


Estamos na hora de ativar as forças juvenis da igreja para falar a mundo cada vez mais hostil à mensagem de Jesus Cristo porque indiferente à voz / palavra da Igreja. Tal como João Batista, a Igreja continua conclamando multidões à conversão. Como a João Batista, os Herodes de plantão tentam em vão silenciá la.

Jovens, sois o presente da Igreja, a brisa suave nas estruturas e ação do amor divino no meio do mundo. Em nosso Santuário temos jovens. Alguns estão se reunindo como igreja. Em nossa Diocese a juventude precisa mostrar a sua cara, escancarar seu coração e vibrar nas cordas da verdade e do amor.

Vamos!!!
13/07/2011
Meus irmãos, minhas irmãs (filhos/filhas), às vezes demora a fecundação, outras vezes, a gestação, outras ainda, o parto. Sofri alguma demora e inconstância nos prazos e nos planos, mas é bom saber que em tudo Deus me socorreu e a vocês também (Deus nos liberta de todas as angústias). Nenhum de nós ficou sem o amparo da Graça. Agora, ouso um desejo... Este Santuário se torne “casa de misericórdia”, um “lugar de reconciliação”. A casa de Santa Teresinha em Presidente Prudente deve nos ensinar que TUDO É GRAÇA E MISERICÓRDIA. Pois nada escapa dessa sublime realidade.

Em meio aos espinheiros do mundo, encontramos uma rosa... a santa das rosas, a dócil menina, mulher cheia de graça e dos dons divinos. Missionária porque unida profundamente ao Cristo e à Igreja. Foi tão longe sem sair do claustro... pela oração e pelo sentimento de unidade! Quanta beleza e humanidade nos trazem a história de Teresa de Lisieux. Aquela que nos ensina a pequena via como caminho de salvação, de realização vocacional.

Iniciamos uma nova etapa da comunidade que dia após dia, mês após mês, ano após ano se robustece na fé, se arrisca na tarefa de anunciar ao mundo “indiferente” que existe um jeito de ser bom de novo. Existe uma forma de reorganizar, reestruturar, recuperar, reanimar, reacender a vida que se esvai ou se esvaiu... (“Reaviva o Dom de Deus que há em ti!”). Louvemos ao Senhor pelo momento presente, sem deixar de agradecê Lo por todas (e tantas!) pessoas que por aqui passaram [1]. Trabalhando. Rezando. Partilhando... Afinal, a obra de Deus não é exclusividade de algumas poucas e determinadas mãos. Pelo contrário, um é aquele que prepara, outro o que semeia, outro que rega, mas Deus é quem faz germinar e crescer a planta. Irmãos/irmãs, semear é a tarefa urgente. Sem escolher terrenos, sem esconder o dom, sem se omitir de gratuitamente dar aquilo que de graça nos foi entregue.

Eu, padre Sandro, sou aquilo que permito à Divina Graça realizar em e através de mim. Tenho muitos limites e algumas vezes meu maior limite é desconhecê lo e por isso agir equivocadamente. Ao escancarar esse sentimento não é para dizer lhes que tem alguém sem noção à sua frente, mas para reafirmar que há um homem consagrado a Deus, e humano em todas as suas dimensões. Aberto ao horizonte infinito do céu, com o coração no alto, buscando aquilo que é do Alto, ansiando por descansar no divino criador e redentor... mas tecido de argila.

Minha cara não lhes seja impedimento para aproximação; minha possível rudeza no falar não seja impedimento para ouvir por essa voz e com esse tom o que Nosso Senhor lhes tenha a comunicar; meu semblante às vezes cansado (traços do meu falecido pai e do senhor tempo) não lhes impeça de exigir me a dar o meu melhor. Reafirmo com a canção “o meu cansaço a outros descanse”.

Tenho 35 anos e 7 de padre (a serem completados em setembro); está é a quarta comunidade paroquial que atenderei como padre, fora as de origem e da pastoral seminarística. Estou reaprendendo muitas coisas na vida. A principal meta é alcançar o equilíbrio na ação, na oração, no fazer e no parar... Se possível, tenham paciência comigo, procurarei ter paciência com cada um e com todos vocês, membros dessa família teresiana.

A pequena via se faz com coração largo, grande, generoso, amoroso, transbordante. Lanço um convite bastante simples e profundamente evangélico: deixem se amar pelo Senhor. Em nome do Senhor amem se, sem medo. Amemo nos uns aos outros. O amor vem de Deus. Todo aquele que ama conhece a Deus.

O amor exigirá ora a justiça, ora a correção, ora a misericórdia. Saibamos discernir os nomes do amor a cada novo evento e momento. Exercitemo nos na caridade. Pouco faremos se erigirmos enormes templos e infindáveis construções materiais se nelas não tiverem os sinais da graça; de pouco adianta garimpar pessoas, encher igrejas, mas não propiciar o ambiente de sincera conversão. Não se assustem. Tudo isso está resumido na caridade. Nossa principal tarefa será amar. Orar e Amar. Amar é força que transforma o mundo porque transforma o homem que forma o mundo. Amar é força que nos “fórça” a não desistir de nada nem de ninguém, a insistir quando a causa for justa e a batalha necessária. Revistamo nos da armadura de Deus. Sacramento, oração, ação. Vida de Deus na nossa vida. Nossa vida no coração do mundo revelando o coração de Deus.

O Beato Papa João Paulo II, na Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte (6/1/2011), número 15, afirma um programa pastoral que ansiamos também seja o nosso. Ele diz: “O próprio Jesus nos adverte: “Quem, depois de deitar a mão ao arado, olha para trás, não é apto para o Reino de Deus” (Lc 9,62). Na causa do Reino, não há tempo para olhar para trás, menos ainda para dar se à preguiça. Há muito trabalho à nossa espera; por isso, devemos pôr mãos a uma eficaz programação pastoral...”

No número 59, conclui: “Devemos imitar o entusiasmo do apóstolo Paulo: “Avançando para o que está adiante, prossigo em direção à meta, para obter o prêmio a que Deus nos chama em Cristo Jesus” (Fl 3,13 14). Ao mesmo tempo, havemos de imitar a contemplação de Maria, que, terminada a peregrinação à cidade santa de Jerusalém, voltava para a casa de Nazaré meditando no seu coração o mistério do Filho (cf. Lc 2,51). Possa Jesus ressuscitado, que Se põe a caminho conosco pelas nossas estradas deixando Se reconhecer, como sucedeu aos discípulos de Emaús, “ao partir do pão” (Lc 24,35), encontrar nos vigilantes e prontos para reconhecer o seu rosto e correr a levar aos nossos irmãos o grande anúncio: “Vimos o Senhor!” (Jo 20,25).”

“Tudo tem seu tempo!” (Ecl 3,1). Agora é o nosso tempo, de fazermos a diferença e nos empenharmos na tarefa de fazer florir o Reino nesta Igreja que nos é confiada. Santa Teresinha interceda por nós e faça cair sobre todos uma chuva de rosas (Bênçãos) para que sejamos fieis até o fim. Amém!


Padre Sandro Rogério dos Santos
Escrito aos 5 de maio, revisado aos 3 de julho/2011


__________ __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________
[1] [Dom Agostinho, Dom José Maria, Dom Benedito, os padres João Bosco, Ivair Zanchetta, Miguel Valdrighi, Thiago Calçado, Paulo Valeriano e o diácono Rafael Contini] [Há muitos outros não ordenados, mas que seguindo a inspiração em seus corações e a ordem da igreja gastaram se e gastam se para que tenhamos um lugar de celebração da vida! João, Maria, Pedro, Antonia e Antonio, Manoel e Zenaide, Lucas e Luana, Paula e Teresa, Lourdes e Homero, Altino e Sandro, o seu nome entre outros nomes inscritos no céu e freqüentes nesta casa].



Essa foi a mensagem que apresentei no dia de minha posse canônica como Pároco da recém criada Paróquia Santuário Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, no Jardim Maracanã em Presidente Prudente / SP, 3/7/2011, e passei aos líderes da comunidade.
29/06/2011
Amigo(a) internauta, "tudo é Graça e Misericórdia de Deus".

Eis a mensagem da nossa querida Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. Queremos nos inspirar no seu exemplo de como traduzir na vida diária o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nossa padroeira nos ensina a "pequena via" como meio rápido e seguro de agradar a Deus e de se achegar a Ele.

Doutora da Igreja e Padroeira universal das missões, Teresa de Lisiéux prometeu passar o seu céu fazendo o bem à terra.

Por isso, continuemos pedindo ela rogue por nós, nossas famílias, necessidades e por toda a igreja, especialmente pelos sacerdotes a quem dedicou tanto tempo da sua vida e das suas orações.

No domingo, 3 de julho, a comunidade estará reunida às 19h30 para celebrar a eucaristia na qual será lido o Decreto de Criação Paroquial e a Nomeação do primeiro Pároco da Comunidade, padre Sandro Rogerio dos Santos.

Uma especial prece seja feita em favor dos fieis do Santuário Diocesano, lugar de encontro, de oração e de reconciliação.

Pela vida, sempre!
pax!!!


Padre Sandro Rogério dos Santos
   
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